|
|
|
 |
 |
|
 |
| voltar / back | |
|
|
25 anos EXTÉRIL |
|
|
|
| No ano 2000 conheci o espaço da "Galeria Extéril", ainda residente no vasto armazém da rua de Lindo Vale, muito perto do Marquês. Depois de atravessado o portão e um estreito pátio ajardinado, escondia-se o que terá sido outrora uma oficina e um lugar de trabalho operário. A nave desactivada e abandonada, tal como a estrutura invertida de um grande navio encalhado, acolhia uma pequena cabine, como se fosse o vestígio que se havia resgatado de um ignoto naufrágio. Não era uma galeria, nem uma réplica do cubo branco, mas o pequeno abrigo que iluminava os restos de um património industrial esquecido. A cabine com um olho e de rosto assimétrico era como um mirante no meio do lugar desolado e degradado da antiga oficina. Nesse vasto espaço, dentro da cabine, como uma casca sem leme, baloiçava a miragem de um outro porto. Habitava-a, muitas vezes, e em simultâneo, "a queda da água" e a "lâmpada fluorescente (de descarga em gaz)"! A cabine funcionava assim como uma reminiscência fértil, relativamente ao jogo sério e paroxístico das artes bem instituídas e celebradas da cidade. Era o invólucro, casulo ou casa-portátil, de distintas percepções, de outros gestos e propostas, de expressões ou vontades de arte, não afiliadas nem alinhadas em objectivos promocionais ou comerciais. A leveza da estrutura, o seu carácter móvel e transportável, terá permitido impulsionar o desejo de uma comunidade outra, variável e não previamente determinada, ou fixa, por programas ou circuitos respeitáveis. A sua mundanidade terá pois correspondido à participação livre e sem entraves de artistas, amigos e público visitante. Esta foi, e continua a ser, porque primeira, a sua originalidade. 25 anos depois, agora no espaço da Rua de Bonjardim, e após várias circulações pelo país e pelo estrangeiro, celebra-se, uma vez mais, o bom encontro do real com as possibilidades imaginadas ou por imaginar. A Galeria Extéril convida-nos, perante a aceleração forçada do mundo e da dominação quotidiana, a participar no jogo, ou seja, a intensificá-lo: a fazer da prática artística um exercício de partilha e de convivencialidade. Da canção ao gesto da escrita, do desenho à justaposição das vozes, da proposta artística à multiplicidade das correspondências, da decisão de cada um à justa posição de todos, estamos-te muito gratos, Teixeira Barbosa. Vítor Silva Cravo Dezembro 2024 |
|
|
|
| ...................................................................... ...................................................................... |
|
|
|
 |
|
...................................................................... |
|
|
|
| Metro | |
| Subway | |
| - Faria Guimarães - Marquês de Pombal ...................................................................... |
|
|
|
| Rua do Bonjardim, 1176, Porto - Portugal | |
| Aberto na Inauguração | |
| Open at opening | |
| Visitas por marcação após inauguração | |
| Visits by appoinment after opening | |
| exteril@gmail.com | |
|
|
| --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- | |