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  18. 12. 2021
  INAUGURAÇÃO
  OPENING
 

16.30 h / 04 pm

de / from
18.12.2021 a / until 20.01.2022

Diogo Evangelista
Laetitia Morais
Hernâni Reis Baptista
Salomé Lamas

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  DIOGO EVANGELISTA

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84%
HD, cor, som estéreo, 6’
2016

Em 84%, Diogo Evangelista constrói uma narrativa sinestésica a partir de uma pesquisa sobre os Glofish - peixes fluorescentes, geneticamente modificados, a partir dos quais são produzidas novas proteínas que prometem superar a mão do divino, curando doenças futuras. O vídeo reflete sobre a codificação genética como um método para potenciar a especiação e aborda o poder da morfogênese numa era de corporalidade pós-humana..
 
 
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  LAETITIA MORAIS

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A queda das Aves
HD, cor, som estéreo, 0'36''
2013

Durante a passagem do milénio, vários relatos populares descreveram aves que perdiam os seus rumos ou voos, sem motivo aparente.
Esta imagem-vídeo elege este fenómeno ilusório, para invocar a semelhante queda de conceitos seculares, tais como o movimento, a revolução e o liberalismo. 
 Ainda hoje, se exige uma nova estrutura do presente. A meta-imagem - dita, a capturada e a enunciada - possibilita um método associativo: (1) o resultado é temporário e inconsistente. (2) cada estado temporário é traduzido para outro meio ou para outro formato - experiência dialógica. (3) a repetição circular é um movimento revolucionário capaz de induzir inércia na velocidade - e/ou, descanso em movimento.

 
 
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  HERNÂNI REIS BAPTISTA

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Lá Fora
HD, cor, som estéreo, 5'28''
2013
(Som re-misturado de protestos em diferentes partes do mundo.
Protesto em Londres - som creditado a Tessa Elieff AKA Tattered Kaylor)

Lá fora sugere a dualidade entre dois espaços físicos, o interior e o exterior, como catalizadores de leituras que vão para além da imagem que se apresenta. O título remete para um espaço que se mostra apenas pelo som, enquanto o olhar se depara com uma composição estática, perturbada mais tarde pela inclusão de um terceiro elemento. Os sons exteriores de protesto confrontam-se com as costas voltadas de uma figura virada para a parede, resignadamente acompanhada por um jarro de flores. Uma resignação que se mantém, mesmo quando um cão lhe lambe a cara, inadvertidamente enlevado, igualmente absorto no mesmo espaço interior.
 
 
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  SALOMÉ LAMAS

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COUP DE GRÂCE REVISITED - II
HD 2:39, cor, som estéreo, 1'06''
2018

Salomé Lamas retorna ao universo ficcional de "Coupe de Grâce", curta metragem realizada em 2017, na qual a jovem Leonor volta de viagem num dia em que o seu pai (Francisco) já não a esperava. No espaço de 24 horas vivem uma realidade alucinada, conduzida, em crescendo, pela inquietação de Francisco num registo de aparente normalidade. O exercício de isolar momentos da narrativa principal resulta numa série de instantes que se prestam a novas leituras por parte do espectador.
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Diogo Evangelista

Vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho reflete sobre o estatuto da imagem e o seu potencial como veículo contracultural. Tendo como ponto de partida materiais apropriados e de arquivo, produz narrativas não lineares e pontos de vista especulativos acerca do real. Das suas exposições recentes destacamos: Espaço de Fluxos (ZDB, Lisboa, 2017) Utopia/Dystopia (MAAT, Lisboa, 2017), The Eighth Climate (What Does Art Do?) (11th Gwangju Biennale, 2016), Matter Fictions (Museu colecção Berardo, Lisboa, 2016 ), Hyperconnected (5th Moscow International Biennale for Young Art, Moscovo, 2016), Magician's Right Hand, (Futura, Praga, 2016 ) and Hybridize or Disappear (Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa, 2015). As one hand touches the other (Videoex, Zurique, 2015), between the spider and the mind there is a hand - Outdoor I (Warm, São Paulo, 2015), Grotto-Heavens ( CAC, Vilnius, 2014). BES Revelação (Museu de Serralves, Porto, Portugal, 2014).The World of Interiors (The Green Parrot, Barcelona, 2014).
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Laetitia Morais

Vive e trabalha no Porto. Artista plástica, formada na FBAUP em 2006 e actual doutoranda na ZHDK e Kunstuniversität Linz.
O seu trabalho reencena situações iminentes, práticas inoperantes ou gestos imprecisos, adequando-os a diferentes registos, nomeadamente vídeo, desenho e instalação.
Tem vindo a apresentar trabalhos em vários espaços ou eventos, a destacar Galeria Faticart, Roma; General Public, Berlim; Rewire, Haia; Peacock Art Centre, Aberdeen; Elbphilharmonie, Hamburgo; Kvitvechir, Kiev; Störung, Barcelona; Casa das Mudas, Madeira; ZDB, Lisboa; Cynetart, Dresden; EME, Palmela; Mózg, Bydgoszcz; Mota Museum, Ljubljana; EIF, Nova Iorque; CIAJG, Guimarães; Galeria Municipal
do Porto, Porto e Centro de Artes da Universidade de Nova Iorque, Abu Dhabi.
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Hernâni Reis Baptista

Vive e trabalha no Porto. É licenciado em Artes Plásticas - Multimédia, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde foi selecionado com o prémio de aquisição da exposição de finalistas em 2013. Trabalha maioritariamente com instalação, escultura, video, e diversos processos digitais.
Começou a expor em 2011, de onde se destacam as exposições colectivas “CAVE” (SOLAR, Galeria de Arte Cinemática, Vila do Conde 2012), "Quando alguém morria os gregos perguntava: tinha paixão” com curadoria de Óscar Faria (Sismógrafo, Porto 2016), "Force, Strength, Power", com curadoria de Miguel Mesquita (Galeria Baginski, Lisboa 2017), "Não é ainda o Mar" com curadoria de Óscar Faria (GTM, Gaia, 2018), "The FOCUS: Portugal", com curadoria de João Ribas (Art Toronto, Canada 2019), entre outras. Apresentou individualmente “Mesa” e “Falha” (Espaço Campanhã, Porto 2011 e 2013), “Tropismos”, (Espaço Vésta, Porto, 2015), “T-1000”, (Floating Islands, Maus hábitos, Porto 2015), “Dog eat dog, com curadoria de Óscar Faria (Sismógrafo, Porto, 2016), "Intraduzibilidade, Untranslatability, Unu¨bersetzbarkeit”, (Klub Genau, a par do festival de arte “KARAT, the ocean and the river”, Colónia, Alemanha 2013), “The Confession of the flesh”, (Kubik Gallery, Porto 2018), entre outras. O seu trabalho está representado em coleções privadas e instituições internacionais, como a Fondazione Sandretto re Rebaudengo, Torino, Italia, entre outras. Participou também em residências artísticas na qual se destaca a “360º Context and Process”, pela Triangle Network no espaço Hangar (Lisboa, 2015), Just Residence, by Just Mad Art Residency (Málaga, Espanha), Inter.Meada (Alvito, 2017) e "Simpósio Arte & Sustentabilidade" (Braga, 2018).
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  Salomé Lamas

Estudou cinema em Lisboa (Escola Superior de Teatro e Cinema) e Praga (Filmová a Televizni Fakulta Akademie Múzick’VCH V Praze), Artes Visuais MFA em Amsterdão (Sandberg Instituut, Gerrit Rietveld Academie) e é doutoranda em Arte Contemporânea em Coimbra (Universidade de Coimbra). O seu trabalho tem sido exibido tanto em contextos artísticos como em festivais de cinema tais como Berlinale, Museo Arte Reina Sofia, MNAC – Museu do Chiado, DocLisboa, Cinema du Réel, Visions du Réel, MoMA – Museum of Modern Art, Museo Guggenheim Bilbao, Harvard Film Archive, Culturgest, CCB - Centro Cultural de Belém, Hong Kong FF, Museu Serralves, Tate Modern, Bozar , Tabakalera, ICA London, Mostra de São Paulo, La Biennale di Venezia Architettura, entre outros. Lamas recebeu diversas bolsas, tais como a Gardner Film Study Center Fellowship – Harvard University, Rockefeller Foundation – Bellagio Center, Fundação Calouste Gulbenkian, Sundance, Bogliasco Foundation, MacDowell Colony, Yaddo, Berliner Künstlerprogramm des DAAD. Colabora com a Universidade Católica do Porto e a Elias Querejeta Zine Eskola. Colabora com a produtora O Som e a Fúria e é representada pela Galeria Miguel Nabinho – Lisboa 20.
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  cartaz poste
 
  Curadoria de
  Curated by
  Vera Carmo + João Leal

Quando, em 2019, no mundo pré-pandemia, selecionamos as obras agora mostradas, preocupava-nos a relação entre o ser humano e o seu meio ambiente (em sentido lato). Os vídeos tinham em comum o facto de neles figurarem diferentes modos de subjugação da natureza espelhados na instrumentalização mais ou menos simbiótica dos animais.

Dois anos passados a enfrentar um vírus insubmisso que modificou decisivamente as nossas rotinas, estas obras parecem ganhar novo significado. É quase inevitável relacioná-las numa narrativa distópica. De um modo talvez involuntário e imperfeito, mais uma vez a ficção parece ter antecipado a realidade, anunciando o tempo presente. 

TRANSUBSTANCIAÇÃO - II
parte de um olhar panorâmico e desencantado sobre um aqui e agora que sinaliza uma profunda transformação nas estruturas - materiais e imateriais - que permitem e permeiam as relações humanas.
Estas transformações manifestam-se pontualmente, sob a forma de episódios, mais ou menos dramáticos, que nos chegam aos ouvidos, muitas vezes, só, através de conversas de café.
As discussões e conclusões tendem a ser fragmentadas e fragmentárias. Continua a ser conveniente esquecer que a "banalidade do mal" (Arendt) se torna possível porque insistimos em pensar o outro enquanto tal.
As obras selecionadas, mostradas em conjunto, recuperam a continuidade do real, ou, por outras palavras, identificam todas estas mudanças como parte da reestruturação ideológica, ainda de fim incerto, que caracteriza o zeitgeist.
Surgem a casa e o corpo, enquanto palco de micro-acontecimentos, ora encenados, ora recortados do real. Estranhamente, intui-se um fio condutor entre o abraço da personagem feminina de "Coup de Grâce", Gisberta, Bárbara e a atualização do pancrácio no corpo de Marta Ângela em "Eulusionismo Antilusionistu". Todas resistem. Todas simbolizam uma mudança de paradigma em suspenso. Todas desafiam o pensamento.

Este projeto não seria possível sem a colaboração de todos os artistas e da produtora O Som e a Fúria, que, gentilmente, cederam as  obras e a quem expressamos o nosso agradecimento.

 
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  Poste - vídeo arte
Rua do Bonjardim, 1176 - Porto
  Aberto na Inauguração
  Open at opening
  Visitas por marcação após inauguração
  Visits by appoinment after opening
  poste.videoart@gmail.com
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apoio:

Halogeneo - audiovisuais

Nixfuste.pt
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