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  INAUGURAÇÃO
  OPENING
   
 


de 15.03 a 30.04
16 h

Camila Mangueira
Doutor Urânio
Rafaela Lima


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  Camila Mangueira
 
 
"Fotografia de ou…vir"
"Photography here…hear"
3’
câmara obscura, câmara digital e anáglifo.
2025
 
Fotografia de ou…vir (Photography here…hear) versa sobre a espera da fotografia na duração do vídeo, jogando com uma perceção do espaço do filme que potencialmente existe na imagem fotográfica. A fusão entre a visão de uma câmara obscura, a captura de uma câmara digital e o efeito anáglifo desafia a realidade da alta resolução e da pressa contemporânea, provocando uma paisagem suspensa que só é percebida na presença do som. 
Photography here…hear (Fotografia de ou…vir) explores the waiting for a photograph within the duration of the video, playing with a perception of the filmic space that potentially exists in every photographic image. The fusion of a camera obscura’s vision, digital capture, and the anaglyph effect challenges the reality of high resolution and contemporary haste, presenting a suspended landscape that can only be perceived in the presence of sound.
 
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  Doutor Urânio
 
 
"O Fabricante de Sonhos"
vídeo em loop
H.264 1920 x 1080, 24 FPS

Encoberto no seu esconderijo, o misterioso homem de fato manuseia o painel de controle com actos generativos, acionando uma imensa busca probabilística do sonho artificial, ou será o pesadelo natural?
 
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  Rafaela Lima

 
"Ensaio sobre o problema geral das similitudes geométricas"
vídeo em loop
1920 x 1080
2025
 
O geômetra vê exatamente a mesma coisa em duas figuras semelhantes desenhadas em escalas diferentes (Bachelard, 2000). Tivemos de aprender a ver de cima. A associar formas e construções a entidades reais. Reconheceremos mais rapidamente os alçados da fachada de um edifício do que os contornos da sua cobertura de uma perspetiva aérea. Como produto de gigantes escantilhões, as fotografias aéreas de pistas de aterragem inscrevem formas mais ou menos geométricas sobre a superfície da terra. Transportam-nos para uma altitude
de completa indefinição sobre a superfície da terra. Desprovidas de qualquer elemento de escala que as possam revelar, inscrevem-se pela imaginação em dimensões amplamente distantes.
 
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Poste 2.0
 
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  Camila Mangueira
 


É artista, designer e investigadora interessada nas relações entre lógicas, media e dispositivos da imagem nos contextos analógico e digital pela perspectiva dos processos de criação e da arqueologia dos media. Atualmente, é investigadora auxiliar no i2ADS – Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), onde coordena o projeto Media Filosóficos, dedicado a refletir sobre o acúmulo e a dispersão de objetos técnicos ao longo das transformações tecnológicas. Doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, desenvolveu a tese O Pensamento Fotográfico. Concluiu seu pós-doutoramento em Design na FBAUP, onde propôs a abordagem crítico-criativa da Metaimagem. Possui trabalho artístico e curatorial apresentado internacionalmente, com pesquisas e produções publicadas em livros e revistas.
Camila Mangueira is an artist, designer, and researcher interested in the relationships between logics, media, and image devices in both analog and digital contexts, from the perspective of creative processes and media archaeology. She is currently an assistant researcher at i2ADS – Institute for Research in Art, Design, and Society at the Faculty of Fine Arts of the University of Porto (FBAUP), where she coordinates the Philosophical Media project, dedicated to reflecting on the accumulation and dispersion of technical objects throughout technological transformations. She holds a PhD and a Master’s degree in Communication and Semiotics from PUC-SP, where she developed the dissertation O Pensamento Fotográfico (The Photographic Thinking). She completed her postdoctoral research in Designat FBAUP, where she proposed the critical-creative approach of Metaimage. Her artistic and curatorial work has been presented internationally, with research and productions published in books and journals.

 
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  Doutor Urânio
 
Ruca Bourbon, artista plástico, licenciado na Faculdade de Belas Artes do Porto e sediado nesta cidade. Em tempos remotos criou o seu alter ego Doutor Urânio, personagem que se confunde com o quotidiano do próprio artista. A obra de cariz espontâneo vagueia entre a máquina delirante, o teratológico, o espaço liminar, ecossistemas de transição, a paisagem tecnológica, o satírico, o sarcástico e o 'uncanny'. Explora o fragmento, o desperdício e o obscuro recombinando-os em vários formatos, tais como a fotomontagem, a assemblage, a instalação ou a colagem sonora.
Parte do seu material é encontrado em lojas de 2ª mão, feiras de velharias, websites de vendas online ou na rua. A partir da acumulação caótica, usando métodos como as sincronicidades algorítmicas, a pareidolia obsessiva ou a teoria de desorientação encontram-se novas respostas a enigmas e propostas.
 
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  Rafaela Lima
 
(Oliveira de Azeméis, 1999). Artista plástica, vive e trabalha no Porto. É através de uma investigação teórico-prática que tem vindo a desenvolver os seus estudos sobre os processos de produção de imagens e o seu efeito no imaginário coletivo. Mestre em Artes Plásticas – Intermédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2023). Expõe, coletiva e individualmente, desde 2019. Participou, entre outras exposições, em “Instructions for an imagined landing” (Fisga Warehouse, Porto, 2024), “Além-mundo pleno de mundos” (INSTITUTO, Porto, 2024) e "Eu vi o brilho" (O Bueiro, Porto, 2023). Em 2024, fez parte dos artistas selecionados do Prémio Arte Jovem 2024 da Fundação Millennium BCP.
site: https://rafaelalimastudio.cargo.site
 
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  Curadoria de
  Curated by
 
  João Lima
 
"E eis que começou a mover-se"
 
01 - Na fotografia não há limites, nem há linhas vermelhas.
02 - Na arte as linhas inultrapassáveis a existir são pautadas por lapsos de imaginação ou por incredulidade de alguns.
03 - Em 28 de Dezembro de 1895 a fotografia começou a mover-se, com a primeira apresentação publica do cinematógrafo feito pelos irmãos Lumière, que rompiam, pela primeira vez o médium fotográfico, o tempo congelado na imagem passou a ser cronometrado a imagem fotográfica começou a “mover-se”.
04 - Para John Berger a fotografia não é mais que um meio de expressão, (… La cuestion imprtante es,  ( Que clase de medio? ) *1 , continuando no pensamento de John Beger, diz ele ainda, que ao tentar foto-graficamente comunicar uma experiência descobriu que: (… la fotografia no producía el efecto que nos habian ensenado. ) *2
05 - Desde muito cedo comecei a fotografar, nunca desenhei muito bem, apesar de minha família adorar os meus desenhos e dizer que eram bonitos, por isso fotografava, mas não queria registar momentos para a posteridade, descobri mais tarde que o que desejava era usar um meio para me exprimir, e o meio que elegi foi a fotografia.
06 - A máquina fotográfica regista o que está à sua frente por isso se diz: que a fotografia não mente, mesmo que esteja a registar fotograficamente uma mentira.
07 – En si misma, la fotografía no puede mentir, pero, por la misma razón, no puede decir la verdade; o mejor dicho, la verdade que puede defender por sí misma es limitada. *3
08 - Para Martin Heidegger, quando as pessoas falavam por falar, era quando expressavam a verdade era quando diziam as coisas mais maravilhosas, contudo, continuava ele no seu raciocínio, quando as pessoas começavam a tentar falar de algo mais específico, era quando diziam as maiores barbaridades as maiores besteiras *4, 
09 – Será, pois, mais genuíno, mais perto da verdade, fará mais sentido, fotografar quando perante nós se apresenta um mundo que nos absorve que nos faz sentir em contacto com ele, onde estamos emersos, ou quando se pensa muito e se elabora teorias sobre o que vamos fotografar?
10 – No meio que elegi para me expressar, nunca foi satisfatório para me exprimir, usando apenas o aparelho fotográfico, sempre senti que tinha de haver algo mais para alem do uso do aparelho fotográfico como meio de expressão.
11 – Diz-nos Vilém Flusser, que o aparelho fotográfico sai da fábrica já com um programa inserido nele, e questiona-se sobre isso, se nós ao usar o aparelho fotográfico já programado não seremos apenas meros operadores. *5
 
O vídeo/filme/cinema, nasceu depois de se transpor a barreira da imagem fotográfica fixa, o antes e o depois parece terem ganho vida, o tempo passou a ser cronometrado em cada fotografia. O meu propósito para os artistas que convido a exporem no Poste, parte de pensamentos fotográficos, com desejo que criem roturas, que vejam para lá do acto fotográfico, em que o tempo o espaço e o aparelho não sejam o limite, mas o que fica para traz, pois o passo em frente já foi dado.
Como, pois, colocar isto em vídeo? É este o desafio que gostava de ver expresso em vocês.
Grato pela vossa participação
 
João Lima - Porto, 08-02-2025
 
*1 – Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 83
*2  Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 84
*3 Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 97
*4  Martin Heidegger, Le chemin vers la parole” 1959, em oOeuvres complètes, t, II (Paris: Gallimard, 1975), p. 86
*5  Vilém Flusser, ensaio sobre a fotografia – para uma filosofia da técnica
 
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João Lima - O momento mais memorável da sua carreira foi na adolescência, quando adquiriu a sua primeira máquina fotográfica, uma Kodak 110, que lhe custou quase 3 semanas de mesada. Desde então, o meio tecnológico da fotografia tornou-se na ferramenta perfeita para todo o desenvolvimento do seu trabalho artístico, sendo ainda hoje a sua ferramenta predileta de investigação. As suas mais recentes produções plásticas apresentadas na exposição intitulada de Transfotografia #01, são igualmente produzidas a partir de uma forte inspiração na técnica, história e conceitos do meio fotográfico. Atualmente encontra-se a realizar Doutoramento em Universidade Vigo, polo Pontevedra, em Programa de Doutoramento en Creación e Investigación en arte contemporánea. Foi professor na ESAP, Escola Superior Artística do Porto, no curso superior de Fotografia. Trabalha na FBAUP, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, como técnico superior de Fotografia. Foi professor assistente no ICP – in New York.

 
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  Poste - vídeo arte
Rua do Bonjardim, 1176, Porto
 
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  Abertura na inauguração
  Open at opening
  Visitas por marcação após inauguração
  Visits by appoinment after opening
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Halogeneo - audiovisuais

Nixfuste.pt
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