poste - video art
Exposições Exhibitions
Projecto Project
Imagens Images
Notícias News
Ligações Links
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
voltar / back
  INAUGURAÇÃO
  OPENING
 
 


de 15.11 a 19.12
16 h

Gabriela VP
Inês Tartaruga Água
Susana Soares Pinto

..............................................................................
.

 
  Gabriela VP
 
 
"Ash to Gold"
vídeo - cor, som
original PT, legendas EN
5’ 04’’
2023
 
Registo de uma experiência em atelier a aplicar folha de ouro sobre um galho queimado recolhido num local dizimado pelo fogo num incêndio no Norte de Portugal no Verão de 2023. O texto que se lhe sobrepõe tece pensamentos em torno da ideia de temporalidade da existência, da violência da ação humana sobre o entorno, do favorecimento do lucro, e da resiliência e abrangência da floresta enquanto ideia que representa o mundo vivo planetário.
 
  ...............................................................................
 
  Inês Tartaruga Água
 

 
"On Plant Becoming"
vídeo - cor, som
16:9
1' 37''
(edição de 2024)
 
As plantas operam numa escala de tempo tão diferente da nossa que nos é difícil apreender plenamente o seu modo de ser. As suas vidas são - aparentemente - marcadas por uma cadência lenta e deliberada: o desenrolar de uma folha, o surgimento gradual de um caule, o desdobramento meticuloso de uma flor. Estes movimentos são tão imperceptiveis no fluxo da vida quotidiana, cuja contemporaneadade nos obriga, que podemos facilmente desconsiderá-los. Representam também um aspecto fundamental do ser que contrasta fortemente com a velocidade e a urgência que tanto precisamos para formar resistência anti-capitalista e lidar com a perda de futuro acelerada pela crise climática.
A sensação de impotência perante as barbaridades que assistimos diariamente demove-nos em total apatia ou dormência induzida. On Plant-Becoming é assim um exercício poético de lutar contra a minha (nossa) apatia, ansiedade e letargia inerente à sensação de impotência, não através do movimento frenético no espaço, mas sim sintonizando com o ritmo mais subtil mas extremamente transforma>vo das plantas e negar o ritmo insustentável do capitalismo.
 
  ...............................................................................
 
  Susana Soares Pinto
 

 
"Resistência centrada no solo. Amantes do extrremo "
vídeo - cor, som
3’ 54’’
 


Há 3.600 milhões de anos a atmosfera era muito diferente da atual: seguramente não havia oxigénio mas metano, amoníaco, nitrogénio, água e hidrogénio. Os únicos que podiam sobreviver a essas condições eram os microorganismos extremófilos. Estes amantes do extremo são microorganismos que vivem em condições extremas numa sopa primitiva carregada de elementos químicos: considerados os ecossistemas mais primitivos da terra. Fixaram o dióxido de carbono e produziram o oxigénio através da fotossíntese; libertaram oxigénio para os mares e para a atmosfera, e criaram a camada de ozono. Aqui, no deserto do Atacama.
AIQUIÁ CKAPATUR CKATCHEBI CKELINAR na língua Kunza significa “aqui cresce o ar”.

 
  ...............................................................................
 
 

Poste 2.0
 
  ...............................................................................
...............................................................................
 
  Gabriela VP

 

Formada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, o seu trabalho reflete sobre questões identitárias e contextuais, utilizando a produção artística em diversos formatos, desde vídeo, à performance ou obra material, como forma de interrogar a própria noção de indivíduo, entre narrativas pessoais e sociais. Como Gabriela Vaz-Pinheiro, tem realizado trabalho curatorial com várias colecções institucionais e também em contextos expositivos alternativos, designação sob a qual também possui trabalho editorial contínuo, com múltiplos livros publicados e textos em catálogos. Docente na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde é Membro Integrado do i2ads, Instituto de Investigação em Arte Design e Sociedade.

 
  ...............................................................................
 
 

Inês Tartaruga Água

 
(Válega, 1994) Fazedora multidisciplinar, entusiasta da regeneração radical, exploradora sonora e adepta da filosofia DIY. Participa em exposições colectivas desde 2013, onde se destacam “??????? / Suoja / Shelter Festival - Laboratory” (Helsínquia, 2019), «48 ????? ???????????» (Sibéria, 2019), ou “Derivas e Criaturas - Novas aquisições da coleção municipal de arte” e "O Afeto da Escuta" (Porto,
2021 e 2023). Água passou por várias casas como o Atelier Logicofobista, Casa das Conchas, Galeria Dentro, Galeria Zé dos Bois, Radialsystem, Kunsthalle Freeport, Massachussets Institute of Technology, The Living Gallery, Casa de Serralves, OCCII ou La Pointe de LaFayeÅe. Co-fundadora do colectivo REFLUXO e DIES LEXIC. Integra o coletivo artístico internacional “Mycelium” (RU, DEN, IT, EUA e PT) e a banda “MOSCXS” com sede no Porto.
 
  ...............................................................................
 
  Susana Soares Pinto
 
Licenciada em Multimédia, mestre em Práticas Artísticas e Contemporâneas, doutorada em Artes Plásticas e investigadora no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade, pela Universidade de Belas Artes do Porto. O seu trabalho tem-se desenvolvido entre margens: da Arte ao Extrativismo, e tem sido apresentado em exposições regulares, festivais de cinema e publicações. A sua prática baseia-se em técnicas mistas com formato de instalação, por vezes site-specific, e reflecte uma  consciência  decrescentista e regenerativa.
www.susanasoarespinto.eu
IG: @susanasoarespinto
 
  ...............................................................................
 
 
 
  Curadoria de
  Curated by
 
  Gabriela Vaz-Pinheiro
 
 

Curated bodies

   
Partindo do convite da Exteril para 3 momentos de apresentações n’O Poste, as ideias para esta curadoria pretenderam pensar na perspectiva de (isto é a partir de) o corpo, as suas rotinas, a sua pertença ao ecossistema, a sua sobrevivência. Pensar que o corpo é, primordialmente, um verbo.
Cada Momento procura fios de conexão entre as 3 ou 4 participantes que, no entanto, não se agregam de forma estritamente temática. São na verdade vídeos performáticos, todos eles. No Momento 1 - Diaries of Bodies, os vídeos apresentados revolvem em torno da noção identitária de um corpo situado entre (Rebecca Moradalizadeh); do eu em torno de si, como obsessão que ecoa para outros corpos (Bárbara Fonte); e das posições que o corpo assume na invisibilidade dos quotidianos enquanto mapeia espaços e gestos sem nunca se revelar (Carme Nogueira e Sally Santiago).
O Momento 2 - Earthly Bodies, procura perceber a posição que o corpo ocupa num entorno em desmoronamento, numa procura que se adivinha a qualquer preço para se fundir com a terra (Inês Tartaruga Água); ou para, desesperadamente, abarcar a imensidão de um deserto-origem (Susana Soares Pinto); ou ainda imaginando a possibilidade de entender a floresta, que se esfuma a cada dia, como o lugar de todos os corpos (Gabriela VP). No Momento 3 - Bodies of Survival, caminhamos para um naufrágio em potência, agarradas ao eco dos afetos (Carolina Grilo Santos); ou, enfrentando uma parede de solidão onde ecoa o caos descontrolado do mundo contrariado apenas pela empatia animal (Hernâni Reis Baptista); ou finalmente, insistindo na luta, os corpos envolvem-se na emergência de um corpo colectivo que tarda em acontecer (Juliana Julieta).
O conjunto de pequenos vídeos não apresenta o corpo enquanto entidade unívoca, mas sim na sua existência fraturada por diversas realidades e emergências, não precisando sequer de se lhe referir de forma direta. Sabemos que é através dos corpos que vivemos o quotidiano, que nos entendemos enquanto parte do mundo, biológico, mineral e artificial, e que dependemos in extremis de uma sobrevivência que é também social.
 
Gabriela Vaz-Pinheiro
Setembro 2025
 
  ...............................................................................
 
 

Gabriela Vaz-Pinheiro é formada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, possui o Mestrado Europeu em Cenografia pelo Central St. Martins College e Utrecht School of the Arts, Mestrado em Teoria e Prática da Arte Pública e Design pelo Chelsea College of Art & Design, e Doutoramento por projecto pelo Chelsea College. Leccionou na Central St. Martins College of Art & Design, em Londres, entre 1998 e 2006. Tem exposto em contextos diversos, tendo recebido bolsas de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian, Ministério da Cultura, da Contemporary Art Society e do The London Institute, e recebeu, como artista, o apoio da Direcção Geral das Artes / Instituto das Artes. Possui contínuo trabalho editorial, com múltiplos livros publicados e textos em catálogos. Responsável pelo Programa de Arte e Arquitectura para Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, tem realizado trabalho curatorial com várias colecções institucionais e também em contextos expositivos alternativos. Docente, desde 2004, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde dirige o Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público e é Membro Integrado do i2ads, Instituto de Investigação em Arte Design e Sociedade. 

 
  -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 
  Poste - vídeo arte
Rua do Bonjardim, 1176, Porto
 
  poste.videoart@gmail.com
  Abertura na inauguração
  Open at opening
  Visitas por marcação após inauguração
  Visits by appoinment after opening
  ...............................................................................
  apoio:

Halogeneo - audiovisuais

Nixfuste.pt
  ...............................................................................
  -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
  voltar / back