15. > FILIPE GARCIA

silêncio
um momento de pausa
na alteridade do outro e no caminho
do negro e do branco do mental ao físico
na dualidade do corpo que inscreve e pre sente
as possibilidades do instantâneo
no tempo perdidas
depois o respirar da quietude do sublime
em analogia à linguagem infinita
do novo contemplo de maya
a percepção (a)perceptiva e o sonho
emaranhado na figura do observador
eu e tu aqui entre versos e com
poesia exposta à interioridade do olhar
aqui agora o lugar da consciência sem idade
um despertar da inspiração do momento
como um texto do nosso sentir
tranquilo praticamente parado
na ausência do eco de si próprio
como uma surpresa transparente
um fragmento do outro universal
esperando imperceptível no espaço
sobre o labirinto da verdade e do
paradoxo vivo e perseverante
tão perto
a meditar de mistério...
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> FILIPE GARCIA

Porto, 197...
Dentro dos diferentes contextos em que se ocupa e que problematiza, tenta através de
relações de proximidade ética, estética conceptual e espiritual, dar a entender as inúmeras
possibilidades de uma abordagem experimental e intuitiva, criando assim espaço para novas
perspectivas e variáveis na apreensão na definição e compreensão das problemáticas da sincronicidade,
do paradoxo e do presente na arte contemporânea.
O seu trabalho mais recente assenta na abordagem ao pensamento paradoxal como meio mais alargado
para a compreensão das questões relativas ao sítio, à observação, à percepção e
(a)percepção da obra de arte na relação entre público/privado, visível e invisível de forma a
fomentar a expansão da consciência criativa como processo paramórfico da
construção da experiência vibracional da realidade.