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Inauguração |
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Opening |
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19 - 09 - 2015
"Lugares de Viagem" - Momento III
Bienal da Maia
curadoria da Bienal: José Maia
Design: Ricardo Abreu
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"A capacidade de umObjecto-Lugar"
Programação geral na ligação abaixo:
EXTÉRIL e POSTE - vídeo arte
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EXTÉRIL
FÓRUM da MAIA
16h Sábado / 4pm Saturday
19 SET a 17 OUT
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Extéril 1
LUÍS FORTUNATO LIMA
1
Sobre as «casas brancas de Capri»
Iniciado em 2014
Óleo sobre contraplacado de mogno, 48,5 x 76,5 cm.
(colecção do autor)
2
Vista sobre a VCI. 2001. Gravura: água-tinta, 28,5 x 19,5 cm.
Chão, pedras. 2015, carvão vegetal sobre papel, 27,9 x 42 cm.
Chão, pedras. 2015, carvão vegetal sobre papel, 38 x 57 cm.
(colecção do autor)
3
Paisagem de paisagens (projecto para paisagem)
2015
Conjunto de impressões fotográficas sobre papel e fita cola.
Dimensões variáveis (aprox. 41 x 176 cm).
(colecção do autor)
Nasceu no Porto em 1976.
Licenciado em ‘Artes Plásticas – Pintura’ em 2002, e Mestrado em ‘Teoria e Prática do Desenho’, em 2007, pela Faculdade de Belas Artes da U.P. Desenvolve, actualmente, um estudo de Doutoramento em Arte e Design, na mesma instituição. Vive e trabalha no Porto como Artista Plástico (especialmente activo na pintura e no desenho) e como Docente de Desenho na Faculdade de Arquitetura da U.P.
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Extéril 2
CARLOS CORAIS
"Amostras, 2015"
Conjunto de 15 elementos, óleo / folha de madeira, 83 x 71 cm.
Vive em Braga.
Licenciado em História pela Universidade do Porto (1980), Bachelors in Fine Arts (1989) e Master in Fine Arts (1995) pela Universidade de Massachusetts, Amherst, E.U.A., Doutorado pela Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (2013). Professor Auxiliar na EAUM. Director do Museu Nogueira da Silva/UM, Braga. Expõe desde 1990.
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Extéril Light
PAULO LUÍS ALMEIDA
Matching Body and Building, 2013
Actividade fotografada, Rua da Fundição, S. João da Madeira.
Impressão laser sobre papel fotográfico, 20 x 30 cm
PAULO LUÍS ALMEIDA
Este trabalho continua a tentativa de reconstituir a documentação perdida de uma acção que realizei em 2012, na rua que atravessa um complexo industrial desactivado. Essa acção, na qual um parapente colorido era manipulado para criar correspondências entre a configuração do corpo e a arquitectura da fábrica, foi na altura gravada em vídeo. O vídeo mostrava as diversas tentativas de erguer o parapente na rua estreita, moldando a sua forma à forma dos telhados do edifício, como uma nuvem improvável.
A perca dessas imagens e a ausência de testemunhos visuais directos do que sucedeu (à parte de algumas fotografias que sobreviveram), tornou-se o centro do trabalho de reconstituição e transformação desta micronarrativa através do desenho.
Regressar, uma e outra vez, às imagens que sobraram e aos desenhos que vão sendo produzidos na tentativa de resgatar as imagens que faltam, é voltar ao espaço virtual de realização de um acontecimento num papel secundário, aquele que já nada tem a ver com a primeira inscrição, mas procura assegurar a permanência do documento através da sua contínua transformação.
Estes desenhos funcionam como testemunhos (para Paul Ricoeur, o testemunho é uma categoria do traço). São afirmações que nos ligam à experiência real do que não se pode testemunhar por outros meios, protegendo-a do esquecimento.
São desenhos pretéritos, formulados por um olhar comprometido com o acontecimento, onde a narração, a ficção e a imaginação surgem como estratégias de inscrição do real no quadro comum de uma experiência.
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Nasceu em Lourenço Marques, Moçambique. Formou-se em Artes Plásticas – Pintura, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Foi bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia e doutorou-se pela Universidad del País Vasco em 2009, com uma tese sobre as interferências de processos performativos nas práticas pictóricas contemporâneas.
É Professor na FBAUP e investigador no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade.
Há alguns anos atrás, começou a realizar pequenas intervenções baseadas na observação e disrupção de atos quotidianos, por já não saber o que desenhar e o que pintar. Estas intervenções não saiam do espaço doméstico da casa e da rua onde vivia, nunca eram anunciadas e raramente documentadas. Percebeu depois que também poderia fazer desenhos e pinturas para evitar a exposição pública das intervenções e contornar a impossibilidade da sua realização; que desenhar podia ser uma forma mais estimulante de as pensar, realizar e documentar.
Esta relação entre prática pictórica e contextos performativos passou a contaminar o seu trabalho, um ensaio visual contínuo em torno de micronarrativas do quotidiano (algumas das quais sem outra pretensão que não a de inventar fábulas para a vida de todos os dias). O trabalho, que se desdobra em desenhos protocolares, pintura, performance e vídeo, resulta de noções muito simples: a noção narrativa de prova; a repetição e deslocamento de gestos quotidianos; a transferência de ações entre contextos performativos e sociais.
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Curadoria de: |
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Curated by: |
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Teixeira Barbosa |
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Fórum Maia
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De Setembro a Novembro,
o terceiro e último momento da Bienal da Maia 2015 apresenta as exposições “A Força do Real que Há-de Vir”, “A Capacidade de Um Objecto-Lugar” (Fórum da Maia) e “Nunca Chegar ao Fim” (Centro Comercial Plaza), que têm como enquadramento a potencialidade dos espaços e a capacidade de transformação e inscrição dos lugares. Não se pretende colocar um ponto final, mas intensificar a ideia de que os espaços continuam a multiplicar-se. Neste sentido, há a reunião de um conjunto de artistas que trabalharam a partir do espaço, artistas-arquitetos cujo trabalho tem vindo a dialogar com a instalação, a escultura, o vídeo e a intervenção urbana:
“A FORÇA DO REAL QUE HÁ-DE VIR"
(1 Fórum da Maia)
com Carlos Pinheiro, Carlos Zíngaro, César Figueiredo e Alberto Pimenta, Daniel Pinheiro, Filipe Felizardo, João Maio Pinto, KRAFT, Marco Mendes, Nuno Coelho, Nuno Sousa, Oficina Arara, Paulo Ansiães Monteiro, Pé de Mosca, Projecto Troika (Adriano Miranda, Lara Jacinto, Paulo Pimenta, António Pedrosa, Bruno Simões Castanheira, José Carlos Carvalho, Pedro Neves, Rodrigo Cabrita e Vasco Célio), Rui Neto e participação especial de Silvestre Pestana;
“A CAPACIDADE DE UM OBJECTO-LUGAR”
(1 Fórum da Maia)
com ARTEMOSFERAS | I.M.A.N. | ATELIERS MOMPILHER (Alexandre A. R. Costa, Miguel Seabra, Jorge Fernando dos Santos); EXTÉRIL de Teixeira Barbosa (com Luís Fortunato Lima, Carlos Corais, Paulo Luís Almeida); POSTE – Vídeo Arte de Teixeira Barbosa (com Samuel Silva, Vítor Lago Silva, Jas, Nuno Cassola, Eduardo Leitão, Paulo Jesus, Pedro Maia, Manuela São Simão, Arturo Fuentes, Leonel Cunha);
“NUNCA CHEGAR AO FIM”
(2 Centro Comercial Plaza)
com DepA – Departamento de Arquitectura, LIKEarchitects e Paulo Moreira
(3 Exterior do Fórum da Maia) “NUNCA CHEGAR AO FIM”: Paulo Moreira (“Muro de Gabião”)
Morada: Fórum da Maia, R. Eng. Duarte Pacheco, 131 (junto à Câmara Municipal) |
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...................................................................... MOMENTO III
SETEMBRO – NOVEMBRO 2015
A estrutura tripartida que coordenou a Bienal da Maia 2015 iniciou-se num primeiro momento com duas exposições que se expandiram para fora dos locais expositivos, convocando o desígnio de abertura e de capacidade dos artistas em transformarem o espaço a partir de uma experiencialidade múltipla. Inscrevendo nomes de filmes de Manoel de Oliveira, as exposições Viagem ao Princípio do Mundo (Fórum da Maia) e Ontem como Hoje (Centro Comercial Plaza), efectivaram-se a partir da obra do cineasta, formando-se sobre as diversas simbólicas e signos presentificados na sua arte cinematográfica. Já, num segundo momento, as exposições colectivas Múltiplas Perspectivas e Não Menos Contradições e Sonhos (Fórum da Maia) e Um Lugar Cheio de Tempo (Centro Comercial Plaza), abrangeram artistas que deram conta do imaginário do Norte do país – criadores nascidos ou outros que não sendo da região a inscreveram na sua obra –, espelhando e meditando sobre a singularidade deste território. Entre imagens mais figurativas ou abstractas, de uma exploração da cor ou dos valores timbricos, a maioria destes artistas surgiram representados através de um diálogo que se estabeleceu entre várias colecções privadas e institucionais, sendo importante neste contexto o trabalho que instituições desenvolveram, a partir do final do século XX, na apresentação de artistas nacionais e internacionais, convidando-os por vezes a trabalharem precisamente a partir deste território.
De Setembro a Novembro, o terceiro e último momento da Bienal da Maia 2015 apresenta as exposições A Força do Real que Há-de Vir (Fórum da Maia) e Nunca Chegar ao Fim (Centro Comercial Plaza), que têm como enquadramento a potencialidade dos espaços e a capacidade de transformação e inscrição dos lugares. Não se pretende colocar um ponto final, mas intensificar a ideia de que os espaços continuam a multiplicar-se. Neste sentido, há a reunião de um conjunto de artistas que trabalharam a partir do espaço, artistas-arquitectos cujo trabalho tem vindo a dialogar com a instalação, a escultura, o vídeo e a intervenção urbana. Na exposição Nunca Chegar ao Fim, estes criadores da área da arquitectura dialogam com arquitectos que já haviam trabalhado no espaço público durante o Momento II, como os FAHR 021.3, André Castro Vasconcelos e os Moradavaga, e, cujas intervenções nos tornaram conscientes do lugar ou transportaram-nos para um outro.
Os depA apresentam em 1999 Simulacro dos Espaços (2012), um diálogo com o passado, através da apresentação de objectos já construídos ou assemblados, criando uma maqueta a partir de materiais pertencentes ao depósito do Fórum da Maia, que resulta aqui numa composição que serve de receptáculo de maquetas de outros trabalhos anteriores do colectivo, criando assim um território com vários edifícios e construções. Esta maqueta reúne projectos realizados em Portugal e no estrangeiro, sendo uma espécie de arquivo mnemónico activo e prospético do trabalho realizado, e, que marca uma inversão, na medida em que, se apresenta o processo do pensamento. Em Muro de Gabião (2015), Paulo Moreira realiza uma intervenção no espaço exterior entre os dois lugares expositivos do Fórum da Maia e do Centro Comercial Plaza, sendo uma obra visível deste último, em cujo interior vemos as mesmas estruturas em arame que estão subdividas em cubos e, que convocam a ideia de repetição do minimalismo: por não estarem totalmente preenchidas, as estruturas introduzem um ritmo visual, a ideia de opacidade e de transparência, de vazio e de cheio. A peça exterior, construída colectivamente e colocada numa zona de transição entre o passeio e a praça, complexifica o percurso, na medida em que, para além de se ter de a contornar, há um constante questionamento sobre o que vemos ali, responsabilizando-nos sobre se a obra é usada para separar ou ligar. Os LIKEarchitects apresentam em Chromatic Screen (2015), uma assemblagem de cruzetas de cores diferentes, uma construção através de um objecto do quotidiano, introduzindo uma escultura colorida num local marcado pelas cores temperadas e escuras, explorando assim as fronteiras entre o design, a arquitectura e a instalação.
As duas entradas possíveis no Fórum da Maia possibilitam duas formas distintas de percepcionar primeiramente o espaço, estando cada uma marcada por dois espaços distintos que compõe a programação do ciclo A Capacidade de um Objecto-Lugar, constituído por exposições de espaços e colectivos independentes. Numa das entradas, encontramos a exposição da Galeria Extéril, um espaço alternativo do Porto, projectado por Teixeira Barbosa, e que na Bienal da Maia 2015 se sub-divide em três lugares expositivos: o Poste-Vídeo Arte, a Extéril e os "15 Minutos de Fama". Na outra entrada, temos a exposição do colectivo ARTEMOSFERAS | I.M.A.N. | ATELIERS MOMPILHER, que marcou as práticas artísticas no Norte do país durante a última década, ao dinamizarem espaços e exposições em cidades como o Porto, Famalicão, Guimarães e Braga. O ciclo finaliza a 24 de Outubro, com a exposição do colectivo de Viana do Castelo, Hugo Soares e João Gigante, artistas que se destacam pelo trabalho na performance e nas artes plásticas, tendo dinamizado com diversas intervenções o Norte do país.
Ao entrarmos na exposição A Força do Real que Há-de Vir, no Fórum da Maia, encontramos identicamente dois caminhos distintos, marcados pela programação dos dois colectivos. Numa das entradas temos a Oficina Arara, colectivo que reúne criadores de BD, artes plásticas, ilustração e design, que criam cartazes que introduzem imagens sensíveis e reflexivas, num espaço que está habitualmente habitado por cartazes que pretendem vender algo e diminuem assim o espectador. O colectivo apresenta também autores de publicações, jornais, fanzines e outros objectos, havendo igualmente um lado ligado à parte da formação em serigrafia. Na entrada oposta, temos o colectivo KRAFT, formado por artistas plásticos que enquanto criadores empreenderam uma investigação em torno do livro de artista, que se alarga à publicação, aos múltiplos e aos cartazes. Há assim uma viagem pelo livro, que surge aqui materializado em diversas formas: o livro-objecto, o livro-jogo, o livro-cartaz, o livro-espaço, o livro-memória ou o livro-escultura. Desta forma, o livro é trabalhado como um conceito aberto, onde vemos criações em diferentes materiais, técnicas de impressão, formatos, e, expressões marcadas pelo domínio da palavra especializada ou pela imagem enquanto ensaio visual, permitindo assim re-equacionar o que é o livro. O colectivo KRAFT tem, ainda, uma parte ligada à investigação e à criação de seminários onde convocam editores, criadores e outros investigadores. A Editora Pé de Mosca, surge aqui representada pela O Rato da Europa, uma colecção coordenada por António Preto, que apresenta textos inéditos que pretendem realizar uma reflexão sobre o lugar de Portugal na Europa e a relação de Portugal com essa dita Europa. A colecção apresenta obras de escritores como Pedro Eiras e Regina Guimarães, artistas-plásticos como Marta Bernardes, Isabel Carvalho, Von Calhau e André Sousa, ou, ainda, a publicação de um dos grandes nomes da poesia visual portuguesa, E. M. de Melo e Castro, que atendendo à sua prática expandida, é em si um homem-sistema.
O arquitecto e artista Rui Neto, criou um trajecto a partir do real, onde as suas imagens apelam a uma particular interioridade, um trilho entre a ficção e a realidade, sobre o que está “para além de”, onde são convocados igualmente livros-objectos e maquetas a negativo, permitindo-nos assim sublinhar a diferença entre os livros de artista e os esboços do pensamento e da investigação que o artista realiza. Alberto Pimenta é um dos grandes escritores da literatura portuguesa e da prática performática nacional, tendo empreendido uma colaboração com César Figueiredo, em que a sua escrita poética é completada pela criação de peculiares publicações criadas por Figueiredo. A Bienal da Maia 2015 apresenta a série Autobiographie Mutuelles (2008-2009), objectos em forma de envelope, citando a mail art. Estes livros são marcados pelo trabalho em fotocópia, que versa as práticas dos anos 60, e pela utilização das dobras do papel que concebem uma leitura diferente do livro, diferenciada pela concepção da imagem fragmentada e da palavra especializada. Já, o artista, designer e investigador Nuno Coelho, apresenta uma investigação centrada na recolha de rótulos de produtos onde é explorada a questão identitária, colonial e africana. Em Preto e Branco (2015), as inscrições dos rótulos assomam a preto-e-branco, citando precisamente essa relação entre os dois hemisférios que reflecte um vocabulário visual marcado pelos estereótipos.
Dialogando com a obra da Oficina Arara pela transparência da janela que separa as duas salas, a obra de Carlos Zingaro – músico experimental, artista plástico, autor de BD, ilustração e designer – apresenta-nos trabalho na área da BD, da ilustração, dos cartazes ou das capas de discos, presentificando suportes intensamente povoados de imagens. Já, o designer e ilustrador João Maio Pinto, que trabalha com diversas publicações nacionais e internacionais, apresenta aqui trabalho na área da BD, da ilustração, do retrato-ilustração e da publicação autor. Paulo Ansiães Monteiro apresenta em Erratas (2015), obras criadas a partir de material retirado de jornais, cartazes e livros antigos, que são o suporte para os seus desenhos, rasuras e criações, socorrendo-se de poetas e escritores para inscrever sobre esse material. A ideia de colagem, palavra espacializada e assemblagem está presente neste trabalho, havendo uma relação entre o que é o produto de supermercado, com a utilização das sacas de supermercado que permitem transportar o objecto. A inscrição, o desenho e a palavra são específicos para cada página, havendo um diálogo com o recorte, o objecto, o fragmento encontrado e a ideia de processo. Já, Filipe Felizardo apresenta O Olho Ôco (2013), um livro único de autor, em que a ideia de luz é trabalhada em forma de um livro-objecto composto por imagem e texto e marcado pela textura, a cor, a opacidade e a transparência dos materiais. O livro cria ainda a possibilidade de, a partir de um texto, sugerir um outro, e, assim, outras leituras possíveis. Filipe Felizardo apresenta ainda um conjunto de desenhos pertencentes ao seu livro mais recente, O Subtraído à Vista (2015), que medita sobre a natureza das imagens visuais e as conjecturas da percepção.
Silvestre Pestana é o artista central do Momento III da Bienal da Maia 2015, convocando a arquitectura, a engenharia espacial e a estética de satélite a partir de algo aparentemente rudimentar e essencial. No centro da sala, a obra VERTIGEM_04: Sociedade Aberta (2015) é uma escultura criada a partir de engenharia electro-mecânima, uma estrutura composta por portões que reagem à presença do visitante no espaço: a obra está fechada sobre si, mas quando nos aproximamos abre-se num sentido ascendente, criando assim diferentes ritmos e movimentos em relação com o corpo. Criando uma metáfora sobre as armadilhas da sociedade aberta, esta obra reactiva varia entre um peso visual quando fechada, e, e uma transparência e leveza quando aberta. Silvestre Pestana apresenta ainda duas projecções do espaço expositivo no Second Life, as obras UNI_VER_SÓ avatares Clones (2015) e UNI_VER_SÓ, poema RA in SL.mov (2015), compostas pela presença da poesia visual feita em computador: há uma inscrição em constante moção da palavra “uni-ver-só”, criando-se múltiplas leituras do mesmo com a palavra espacializada, e, numa das projecções ainda a presença do vidro que cria uma outra janela dentro da janela na Web.
Daniel Pinheiro parte, igualmente, da relação entre as esferas físicas e digitais, presentificando um ecrã dividido em quatro vídeos distintos. Em Montage (2015), o visitante integra a instalação, e o performer surge enquanto interface de um dos vídeos, activando aleatoriamente numa das quatro imagens, a presença do observador no espaço expositivo. Trata-se de uma montagem simultânea de vídeos, com escalas e lugares distintos que se sucedem simultaneamente – uma imagem espacial, uma imagem do próprio artista, uma imagem da Maia e uma imagem do observador no espaço expositivo – explorando portanto o conceito de “Montagem Espacial”. As obras de Nuno Sousa, Carlos Pinheiro e Marco Mendes habitam a última sala da exposição, apresentando painéis habitados de imagens, que se encontram frente a frente com publicações. Há, assim, um confronto entre o processo, em que podemos ver anotações, esboços ou estudos de cor, e, o seu resultado finalizado. Tratam-se de obras que nos devolvem o real, a forma como o vemos e experienciamos, intensificando assim a ideia essencial deste Momento III da Bienal da Maia 2015, de que o real é constituído por múltiplas realidades: reais e imaginárias.
EXPOSIÇÕES COLECTIVAS
(1) Fórum da Maia
"A Força do Real que Há-de Vir"
Carlos Pinheiro, Carlos Zíngaro, César Figueiredo e Alberto Pimenta, Daniel Pinheiro, Filipe Felizardo, João Maio Pinto, KRAFT, Marco Mendes, Nuno Coelho, Nuno Sousa, Oficina Arara, Paulo Ansiães Monteiro, Pé de Mosca, Projecto Troika (Adriano Miranda, Lara Jacinto, Paulo Pimenta, António Pedrosa, Bruno Simões Castanheira, José Carlos Carvalho, Pedro Neves, Rodrigo Cabrita e Vasco Célio), Rui Neto e participação especial de Silvestre Pestana
"A Capacidade de um Objecto-Lugar"
Piso – 1, entrada pelo metro
ARTEMOSFERAS | I.M.A.N. | ATELIERS MOMPILHER
Alexandre A. R. Costa, Miguel Seabra, Jorge Fernando dos Santos
Corredor da entrada dos auditórios
EXTÉRIL [projecto artístico de Teixeira Barbosa]
Luís Fortunato Lima, Carlos Corais, Paulo Luís Almeida
POSTE – Vídeo Arte [projecto artístico de Teixeira Barbosa]
Samuel Silva, Vítor Lago Silva, Jas, Nuno Cassola, Eduardo Leitão, Paulo Jesus, Pedro Maia, Manuela São Simão, Arturo Fuentes, Leonel Cunha
(2) Centro Comercial Plaza
Nunca Chegar ao Fim
DepA – Departamento de Arquitectura
LIKEarchitects
Paulo Moreira
(3) Exterior do Fórum da Maia
Nunca Chegar ao Fim
Paulo Moreira (“Muro de Gabião”)
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FICHA TÉCNICA da EQUIPA
Curadoria - José Maia
Produção - Sara Castelo Branco
Design - Ricardo Abreu
Fotografia - Diogo Oliveira
Textos críticos - Joaquim Pinto / Sara Castelo Branco
Divisão de Cultura e Turismo Câmara Municipal da Maia
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