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Aviso ao público por causa das obras:
Os desenhos que agora se apresentam não sofrem de actualidade. São fórmulas adquiridas, e mesmo consentidas,
de efeitos visuais; expressões mistas e ambíguas de vícios e virtudes, repetições de imagens e de gestos repassados, sob a forma - mais uma vez - mal resolvida de pseudo-ilustrações. 
Nestes desenhos, a moda auto-gráfica - que aqui se estima - tem a ver com a média da alteração entre a altura e a baixeza da observação (do observador?!). Daí o aviso à prestável atenção e, também, à normal distração do público em geral. Na verdade, é a média desta alteração que os torna públicos: se são encarados de alto, de acordo com o grau superior de exigência crítica, ou de baixo, segundo o sub-grau inferior de decepção e/ou espanto. As dúvidas ou os paroxismos que podem suscitar - porquê, para quê, paródia, riso, irrisão, subterfúgio, homenagem (?!), etc. - estão implicadas no material, grafite sobre papel, mas também nos usos da régua e da borracha, a que se acrescenta o "tempo" e a disponibilidade do desenhador em fazê-los ("hic fecit"). 
O aparato de ambiguidades e as simulações visuais que os desenhos revelam - em rigor, falsos paradoxos - são-lhes necessários e independentes da vontade do autor. Surgem recopiados a partir do retorno dos próprios modos, inesperados, de aparecer e desaparecer. Servem, pois, o propósito de compor e recompor, para fingir fazer-crer, em vez de simplesmente descrer. Por isso, o cuidado em tê-los feitos (oh! os desenhos!) tal como em não fazê-los (ah! o desenhador!) é o mesmo. Tornam-se, sim, possibilidades de outros desenhos e de desenhos de outros. Uma vez expostos, configuram a moda contra si mesmos, com triviais ilusões e falsas desarmonias. Mas, mesmo mal vistos, sem demora, o cuidado é sempre pouco. Devem os desenhos funcionar como sinais de obras em curso e como um alerta para os visitantes, amadores, transeuntes e demais "utilizadores".
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