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André Covas e Carmo Azeredo
Hugo Castro
José Nibra
Piris Serrano
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ANDRÉ COVAS e CARMO AZEREDO
"Thriller of Dysphoria"
5'41''
2018
A disforia é o estado mental oposto à euforia. Uma irrequieta situação mental de ansiedade e descontentamento, capaz de perturbar todo o comportamento.
Normalmente associada a uma condição negativa da psique (1), a disforia pode também ser entendida como uma excitante e inquieta condição da contemporaneidade, e uma das suas emoções mais progressivas: um electrizante estado de insaciabilidade nervosa.
Um modo de concentração que consome enquanto é consumido. Um ímpeto paradoxal que ocorre quando a angústia e insatisfação se sincronizam com a potência do desejo ilimitado e o impulso incessante de avançar, mesmo na falta de qualquer promessa de futuro.
É a sensação de que estar parado não é sequer ‘estar’.
Ou se acelera, ou se desaparece.
Presa num ininterrupto espasmo hípnico (2), a mente desprende-se do seu ritmo biológico, enquanto circula por um thriller de excitação e medo. E à medida que se persegue o avanço, o periférico vaza-se pelas margens, gradualmente desaparecendo do campo de visão.
Carmo e André, 2018
1. Na psiquiatria, o termo Disforia é utilizado no contexto da estados de agitação, ansiedade, depressão, sofrimento emocional e físico bem como, mais recentemente, no contexto de questões de alinhamento de gênero.
2. Um Espasmo Hípnico é uma forma de reflexo iniciada em resposta ao rápido processo de relaxamento muscular e diminuição da pressão sanguínea que ocorre naturalmente durante os primeiros estágios do sono, podendo causar a sensação de cair, seguida de um súbito salto e despertar. É uma contração muscular involuntária comum, geralmente associada à ansiedade e stresse.
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HUGO CASTRO
Tubo e chapa de cobre
165x250x1mm
- vídeo -
efeito do desconhecimento
36'07"
HD 720p
2017
Produção e Pós-produção – André Silva
sinopse:
Sem imagem.
Sem palavra.
Não me apetece ser literal.
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JOSÉ NIBRA
"24/7 + a walk in process"
slideshow
03'44''
2015 to -
24/7 parte de caminhadas/passeios encetados por uma cidade que não pára. Surge na sequencia de um projecto realizado em torno de um clube de futebol que emergiu na cidade com o intuito de devolver o clube à cidade - a actividade politica às pessoas.
No cruzamento com conversas realizadas a partir de encontros mais ou menos fortuitos para conhecer aquilo que faz a cidade o que é, fui registando stickers que ia encontrando a partir de deambulações pela cidade.
Imagens mais ou menos de acordo com teor desportivo, mais ou menos de teor politico, os sticker são pedaços de memórias, ideias, pensamentos que se encontram em sintonia com cidade e toda a amalgama de pensamentos e discursos que a cidade alberga.
Agarram-se como uma segunda pele que cobre postes, ou paredes, num gesto fugidio, estes são como murmúrios das vozes que ecoam nas ruas da cidade.
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PIRIS SERRANO
"A Cigarette Time"
Video Full HD 1920x1080p
07'10''
2018
Equipa:
Tiago Serrano
Susana Moreira
Esta obra procura transportar as suas características formais, onde a sua conceptualidade se expande. Esta transformação funciona como uma metamorfose de um universo, não específico, mas dado, por uma simbologia de um processo simples e contido, onde se intensifica quando começa a construção de uma narrativa, que se prolonga por toda a acção. Traduz-se então numa continuidade. Algo que não é palpável no seu significado, algo que atravessa a existência, através do corpo, na estrutura da nossa imagem e na sua linguagem. Trata-se de um sistema complexo, pelo envolvimento exacerbado de conhecimento e de sentimento. A ideia de uma mistificação espacial traz consigo um reaprender ou, mais propriamente, um contextualizar numa nova vivencia, ou numa nova imagem, explorando um encontro de força e energia, reencarnando sentimentos dados através de estímulos criados artificialmente pela composição.
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São uma dupla artística portuguesa, interessada em explorar preocupações e curiosidades de ambos pela estranheza da atualidade. Através da partilha e complementaridade das suas bases profissionais e artísticas, desenvolvem trabalho em colaboração desde 2013, iniciando a sua prática como duo artístico em 2017. Desde então, têm vindo a trabalhar temas diversos tais como os processos de informação na atualidade (de construção, partilha, consumo, assimilação e negação), os formatos difusos de realidade bem como a problematização do Antropoceno e da noção de ‘pós’natureza. A sua prática desenvolve-se multidisciplinarmente, privilegiando o uso de instalação, vídeo, som, palavra, imagem, design, escultura, desenho e ambientes site-specific. André Covas (1987, Lisboa) é designer gráfico e músico e Carmo Azeredo (1989, Porto) é produtora artística, artista plástica e ocasionalmente curadora, e juntos vivem e trabalham actualmente entre o Porto e Madrid. ...............................................................................
Hugo Castro
Porto · 1989
Licenciado em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, expõe desde 2012. O seu trabalho atual assenta numa procura constante das possibilidades de formas que um objeto pode conter em si mesmo sem deixar de o ser, pelas variantes da sua posição no espaço, pela sua sombra, pela sua desconstrução, destruição e pelas infinitas intervenções a que pode estar sujeito. O seu interesse incide em todas as formas geométricas simples e complexas, todas as ferramentas e materiais- uma simples chapa de zinco, uma parede de gesso cartonado, um lápis ou uma borracha- com o objetivo de descobrir em si mesmo uma nova forma, seja essa o resultado de uma ação humana ou mecânica. É destruído, desconstruído ou deformado, desprovido ou não da sua função utilitária mas que não deixa de existir. Existe com o intuito de se mostrar como possibilidade. ...............................................................................
José Nibra
1988
Frequentou a licenciatura em Artes Plásticas e Intermédia na Escola
Superior do Porto, o mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas
na Faculdade de Belas Artes do Porto, e concluiu recentemente uma
pós-graduação em Fotografia na Manchester Metropolitan University,
com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.
Expõe regularmente, desde 2009, no âmbito nacional e internacional.
Vive e trabalha entre Manchester e Liverpool, onde se encontrar a
preparar a proposta de doutoramento.
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Piris Serrano
Vive e trabalha em Lisboa.
Licenciatura, Pós-Graduação e Mestrado na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, no curso de Escultura. ...............................................................................