“Roots of Love – Tear us Apart"
DVD PAL /edição de 5)
Cor / Som
2007
Este vídeo lida com o conceito de presença. A presença do outro em mim.
Tomei o papel principal, eu seria quem iria chorar tal como quando Roland Barthes faz referência ao sofrimento amoroso, à volubilidade.
Cebolas foram escolhidas pela presença, pelo abusivo e intrusivo cheiro, repleta de camadas e numa alusão às raízes emocionais. O corpo manifesta-se através da sua condição de saúde fragilizada, derivada de um quadro de alergias alimentares, diagnosticadas pouco tempo antes do registo da performance. Ao longo de dois dias, a carne e fluídos corporais tresandam. O corpo revolta-se e agoniza.
54 Segundos (duração do vídeo) foi o tempo que levou a chegar uma lágrima, desde o momento que cai até desvanecer na boca.
"O que seria dessa Terra se, ao invés de"
6´45´´
2021
A Cruz é encontrada nas praias de todo litoral Brasileiro como imposição territorial, de catequisação e conquista. Para ser considerado humano, teria que ser civilizado e pra isso catequisado.Me interessa inverter o memoricídio. E se houvesse, ao invés do apagamento dos registros indígenas e negros, o apagamento da Cruz? Quais mundos poderiam existir se não houvesse as Cruzes em nosso litoral? Que formatos, quais liberdades, quais línguas, quais cores existiriam nesse mesmo território?O vídeo ‘o que seria dessa Terra se, ao invés de?’, é resultado dessas indagações. Nele, apago as cruzes de fotografias históricas, produzindo nesse apagamento, um desenho que seria um mapa utópico não cartesiano, que traça outras linhas, outros encontros, outras narrativas e possibilidades, no lugar ausente da Cruz.
Acquamemoria é mergulho entre os fios invisíveis que nos conectam aos objetos, costura de memórias recolhidas nas águas paradas que habitam o tempo que nos vê passar.
Algo está prestes a ser revelado (ou deflagrado)… Eventos sonoros se cruzam e se sobrepõem num “diálogo surdo”, como se os sentidos estivessem anestesiados e os ouvidos, capturados. Um pesadelo recorrente e, a cada vez, único.
Pesadelo III faz parte de uma série de vídeos, na forma de ficções, que especulam sobre a existência humana num contexto distópico, onde a vida não é mais que matéria, energia.
Artista transdisciplinar que tem vindo a desenvolver trabalho no campo da instalação, fotografia, vídeo, escultura, pintura, desenho e performance, com recurso a narrativas emocionais. Debruça-se sobre a exploração e instrumentalização do animal na Arte Contemporânea e o especismo versus não-especismo, a corrente desconexão entre o humano e o animal. Professora Assistente Convidada no Instituto Politécnico de Coimbra e Viseu. Vegana e Ativista em prol da Defesa dos Direitos dos Animais. Cofundadora e Codiretora da galeria Sput&nik theWindow.
...............................................................................
Bianca Turner
(São Paulo, 1984) é artista multimídia, bacharel em 'Design e Prática de Performance' na CentralSaint Martins College of Art & Design (2011, Londres, Reino Unido) e Master of Arts em "Cenografia" pela Royal Central School of Speech and Drama (2013, Londres, Reino Unido).Participou de exposições coletivas com instalações e ações multimídia, em Londres onde residiu de 2007 até 2013, e em São Paulo, (Mostra Verbo 2018 na Galeria Vermelho, Transitória Galeria, Galeria Ponder 70, Instituto Tomie Ohtake, Itaú Cultural, Red Bull Station, Teatro Municipal, Galeria digital do SESI, DAHAUS, Galeria Airez, Arte Londrina, SSA Mapping, Bienal de Curitiba 2017, dentre outros).Em 2020 concebeu junto com Neo Muyanga a vídeo instalação 'A maze in Grace', performada na 34 Bienal de São Paulo, e estará na exposição coletiva 'Corpo Poético/Político', na Galeria Portas Vilaseca no Rio de Janeiro.Também atua como diretora de arte e vídeo projeção no Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, grupo de teatro hiphop, em em outros grupos de Teatro, dança e música, produzindo conteúdo audiovisual e de vídeo-mapping.Sua pesquisa é sobre a subjetividade da memória. Explora a documentação do efêmero, o imaterial de um objeto ou um lugar; o invisível, o subjetivo e o indizível.
...............................................................................
Eliane Terra
É videoartista. Arquiteta com formação em Arte e Filosofia, na EAV Parque Lage frequentou cursos de Arte Sonora, Narrativas Multimídia e Oficina 3D. Explora conversas entre as imagens e constrói experiências/narrativas visuais-sonoras, potencializando ou dissolvendo possíveis sentidos. Nesse jogo de atração-fricção, questões diversas, que pedem passagem, surgem durante sua pesquisa/produção de material, tanto no acervo do arquivo universal quanto do seu arquivo pessoal. Vive e trabalha em Lisboa.
...............................................................................
Manata Laudares
É uma dupla de artistas brasileiros, residente no Rio de Janeiro, composta por Franz Manata, artista, pesquisador e professor e Saulo Laudares, artista, professor e DJ. O duo teve início em 1998, a partir da observação do universo do comportamento e da cultura da música contemporânea e, desde então, vêm investigando a condição de existência, o papel social do artista, a natureza do objeto de arte e sua relação com as tradições e públicos, no contexto da economia da informação. Seus trabalhos são programas em processo que assumem diversos formatos: espaços de imersão, instalações, residências e cursos, que se desdobram em fotografias, vídeos, objetos sonoros, textos etc. Os artistas vêm realizando residências e participando de mostras, individuais e coletivas, dentro e fora do Brasil. Foram contemplados com o Prêmio Interferências Urbanas, em 2008 e indicados ao Prêmio Pipa, em 2013, e possuem trabalhos em importantes coleções e acervos, dentre eles: MAR-RJ, MuBE-SP e MAM RJ. Desde 2009 coordenam o programa Arte Sonora na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e são representados pela Sé Galeria, em São Paulo.
...............................................................................
...............................................................................
Curadoria de
Curated by
Luisa Sequeira
Investigadora, realizadora, artista visual e curadora de cinema. Transita em diferentes plataformas; vídeo, filme, fotografia e colagem, explorando as fronteiras entre o digital e o analógico.Nos últimos anos o foco do seu trabalho é a reconstrução poética das narrativas femininas na história da arte e do cinema, que foram invisibilizadas pelo poder patriarcal.
Trabalhou mais de uma década na RTP, coordenando e apresentando vários projectos, entre eles, destaca-se o Fotograma, um magazine autoral dedicado ao cinema em língua portuguesa.
Coordenou e realizou o Porto sem Nó, vencedor do Festival Internacional de Televisão do Rio de Janeiro. Realizou a longa-metragem documental, Quem é Bárbara Virgínia?, filme que que foi exibido em vários festivais de cinema; Festival Rotterdam, DocLisboa, Mostra de São Paulo, venceu o prémio para melhor documentário português no Porto Femme e no Festival Caminhos do Cinema Português. Realizou várias curtas e vídeos experimentais; O Terceiro Sexo, Limite, N?scut?, Rosa dos Ventos, Os Cravos e a Rocha, My Choice, Memória, substantivo feminino La Luna, Passageira, Mulheres no Palco.
Recentemente participou como formadora na residência artística da primeira edição do São Tomé Film Lab, participou na residência de criação de cinema na Meta Cultural Foundation na Roménia. Realizou várias exposições, entre elas, “A luz da Estrela Morta”, no âmbito do FITEI na galeria Nuno Centeno, “ O Tempo dos Outros” no Centro Cultural do Mindelo (Cabo-verde, 2019) “Crises Infinitas” com o artista Sama na galeria Sputnik the Window , “Ver com os Olhos dos Outros” na galeria Adorna Corações, exibiu os seus filmes na Anca Poterasu Gallery (Romênia) 1st BCK Film Symposiumm in Athens, Cinema Museum em Londres.
Desde 2010, é diretora artística do Shortcutz Porto, festival que conta com 266 sessões de cinema e é diretora do Super 9 Mobile Film Fest, o primeiro festival português dedicado a filmes realizados com dispositivos móveis.
Recentemente tem colaborado com o Teatro Experimental do Porto, com cinema expandido e vídeo arte. Realizou vídeos para a peça de teatro, Antígona e cinema expandido e manipulação de imagens em tempo real para o espetáculo, Estro/ Watts, de Gonçalo Amorim e Paulo Furtado. Colaborou com cinema expandido no projeto, Carne Poética, uma tríade feminina performativa com poemas autorais das poetas, Li Alves e Maria Giulia Pinheiro.
Em 2022 participou com vários trabalhos na 13ª Bienal de Kaunas com curadoria de Curadoria de Benedetta Carpi De Resmini, inserido na para a exposição Landed Magic Carpets /Kaunas 2022, Capital Europeia da Cultura.
Atualmente está a realizar vários projetos, entre eles a série "As Pioneiras do Cinema em Língua Portuguesa” e um documentário sobre “As Novas Cartas Portuguesas”.