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  INAUGURAÇÃO
  OPENING
   
 


de 01.10 a 05.11
16.30 h


Diana Geiroto
Filipe André Alves
Luna Gil
Orlando Vieira Francisco

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  DIANA GEIROTO

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"A solidão não para quieta"
2'50''
2022

Neste hiato, conjuro uma imagem lânguida a qual descrevo ao detalhe e depois deixo correr, alheada, como um ecrã que se liga por hábito de ocupação. O pretexto perfeito para chegar a uma outra à qual se recorre como um fenómeno, um eclipse fictício. Esta transposição protege tudo o que escrevo e que não pode ser dito, porque o eco tende a evadir-se. Mas nem ali há silêncios, nunca há silêncio. Não há lugar a ir sem que a voz se funda com todas as vibrações do mundo.
 
 
 
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  FILIPE ANDRÉ ALVES

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"Avant la lettre"
4’35’’
mini dv transferido para AVI, cor, stereo
com a colaboração de Valério Ismaeli
 
Avant la lettre é uma expressão usada figurativamente com o significado de: antes do estado final, antes do estado definitivo, antes de seu desenvolvimento ou termo utilizado em relação a algo anterior á própria existência ou palavra. 
 
Partindo do “gnomon”, como objeto que é, simultaneamente, relógio de sol, símbolo de verticalidade monumental e monólito para várias crenças, simbologias e práticas, é pensada a primeira intenção do homem de edificação de uma forma maciça com medidas perfeitas. Essas medidas têm origem na sua posição bípede e surgem numa altura de viragem, na qual o monólito passa a conter em si a inscrição paradoxal, quer da ausência quer da presença, levantando na sua formação o problema da passagem do animal ao homem - o nascimento da consciência. Este monólito erige-se como maquete ajustada à condição possível de ser construção ou parte dela; o “gnomon” – ponteiro - que mede o tempo, é agora também régua, tornando-se no medidor absoluto de espaço e de tempo.
Em termos antropológicos, a noção de verticalidade procede da atividade associada ao movimento bípede e á focalização perpendicular do olhar e estabelece o primeiro modelo empírico de organização espacial do que é visível.
Neste vídeo sugere-se o apagamento de um padrão ou marco geodésico que não lá está, sendo apenas reconhecido pelo próprio decalque e sombra provida pela hora e dia a que foi retirado.  Com estes elementos podemos descobrir a total área do objeto.
O vídeo/documento Avant la lettre surge, como registo, durante a desmontagem da exposição de nome homónimo em colaboração com Valério Ismaeli, Lisboa, 2017.
 
 
 
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LUNA GIL

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"Estamos em loop"
5’18’’
vídeo a cores, som
2021

Estamos em loop é um registo de uma interação e aceleração do processo de erosão. Este movimento repetitivo revela não só um encontro simbólico, mas também um encontro com a força geológica. Um movimento brutal que se opõe à cadência natural dos acontecimentos. A Terra não é apenas um sistema químico onde os seres vivos interagem com um ambiente abiótico por meio de loops de retro-ação. É um sistema ativo produzido pelo recrutamento de elementos inertes durante um bilhão de anos, pelos seres vivos. A ação de retirar estas pedras, sob a atenção das fendas criadas através das forças naturais exercidas, torna-se num movimento íntimo e falsificado de uma relação física e temporal.

 
 
 
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  ORLANDO VIEIRA FRANCISCO

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"More Mountains More Seas" (short version)
4’50’’
cor, som digital
2022

O filme decorre entre imagens feitas durante diferentes viagens pela região mediterrânea, entre a região da Sicília, as ilhas de Levanzo, Linosa e Lampeduza,
Napoli, Atenas, Meteora e a região da Macedónia. Revelando diferentes encontros nesses trajetos, o filme evidencia um olhar sobre a paisagem onde as montanhas e os mares estão em constante presença, na sua relação histórica de um lugar marcado pelas definições de fronteiras, recortes culturais, migrações e a atual crise climática.

 
 
 
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Diana Geiroto

Lisboa, 1991. Artista plástica e investigadora. Atualmente vive e trabalha no Porto, onde integra o projeto Paralaxe e o atelier Campanice. Licenciada em Pintura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (2013) e Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas na Faculdade de Belas Artes do Porto (2018). Desde 2013, tem vindo a desenvolver e apresentar projetos; o seu trabalho individual incide sobre prática, investigação e problematização objetual, material e de traduzibilidade.
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  Filipe André Alves

Lisboa 1981, vive e trabalha em Lisboa.
Licenciado em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, Portugal 2011.
Expõe desde 2009 destacando-se: Livros desobedientes / Unruly books, Brotéria, Lisboa, 2022; A história do movimento de um ponto, Aposentadoria, Lisboa, 2022; Ernesto de Sousa, Exercícios de Comunicação Poética com Outros Operadores Estéticos, Galerias Municipais, Lisboa, 2021; Mural, Traça filmes de familia, Chelas e Alvalade, Lisboa, 2020; RELENTO, livro de artista, Biblioteca de Marvila, 2019; Avant la Lettre, Test Ground Kicks2, 2017; A rota e a estadia, atelier Casa da Praia, Lisboa, 2016; Guia para o desaparecimento, piso 3 Contentor Creativo, silos, 2015, Caldas da Rainha
 A pesquisa de Filipe, deambula entre a poesia, filosofia e antropologia, associando-as. O inicio do homem é o mote, e por isso a forma rudimentar de um segmento de reta ou vários são na maioria das vezes representadas como objeto plástico confundindo-se no resultado, um medidor do olhar tanto no desenho como na escultura. No seu trabalho são edificadas traves de vários materiais, ou gravada a sua estadia em papel. Essas traves na maioria das vezes verticais como marcos geodésicos, são objectos que recorrem ao modo como o corpo se referência relativamente à terra e ao céu; unindo a linha do chão até ao limite do horizonte. A consciência dessa apreensão leva a evocar a importância da determinação dos eixos cardeais pondo em evidencia, a necessidade dos pontos fixos de referencia, a partir dos quais é possível estabelecer critérios de orientação espacial e determinar a posição singular de cada corpo relativamente à topografia geral do território. O significado geral desta constatação concorre para reconhecimento de que o corpo é o principal agente da percepção espacial.
Publicações
Eu nem sabia que marvila existia, 2021 https://gulbenkian.pt/biblioteca-arte/
RELENTO, livro de artista, 2019 https://gulbenkian.pt/biblioteca-arte/
Jornal Encontros: Vários Actos Em Torno do Desenho, Plano Lisboa, 2014
Catálogo Quem são eles? 40 anos, arte contemporânea Ogiva, 2011
 
https://cargocollective.com/filipeandrealves
https://vimeo.com/filipeandrealves
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Luna Gil

Luso-argentina (1999), concluiu o curso artístico especializado em têxteis, na escola artística Soares dos Reis e licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Atualmente frequenta o mestrado de Escultura na Faculdade das Belas Artes do Porto. De momento encontra-se a investigar sobre a Assemblage enquanto angenciamento de diferentes componentes e significados. É abordada com especial foco através da materialidade e formatividade, enquanto propriedades que medeiam tanto o processo como o resultado. O seu trabalho manifesta-se principalmente a nível instalativo, escultórico e performativo.
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  Orlando Vieira Francisco

É artista visual e investigador (i2ADS/ Portugal). Brasileiro, nascido em 1986, vive e trabalha no Porto, Portugal. Graduado em engenharia civil, em 2018 concluiu o doutorado em Arte e Design na FBAUP. Ele investigou como as políticas autoritárias estão presentes na infraestrutura urbana, monumentalidades e estruturas institucionais. Em 2014, concluiu o mestrado em Arte e Design para o Público Espaço sobre expressões políticas das multitudes em espaço público.
É membro do grupo de pesquisa The Spatial Cluster e participa no programa Ateliers Municipais organizado pela Câmara Municipal do Porto. Trabalha em diferentes coletivos artísticos e políticos em Portugal, Áustria, Bélgica e Brasil, por meio da organização de oficinas, lectures performances e outras práticas autogeridas, trabalhando também com o aesthetic journalism, técnicas de impressão, fotografia, desenho, instalação e escultura. Ele trabalha dentro os temas da produção do espaço social entre arte e política, mudanças da paisagem e práticas do ativismo ambiental e social.
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  Curadoria de
  Curated by
  Francisco Venâncio

Lisboa, 1990
Vive e trabalha no Porto.
Membro co-fundador do colectivo Campanice.
Estudou na ESAD.CR onde completou a licenciatura e mestrado em Artes Plásticas. Tem exposto regularmente, destacando-se: Como plantar um penedo, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 2022; Ágora - Bienal de Arte Contemporânea da Maia, 2021; A Play of Boundaries, galeria Carlos Carvalho, Lisboa, 2019; O caminho que corre pelo silêncio, Espaço Mira, Porto. 2019; Quando o tacto se faz contacto, Galeria sala 117, Porto. 2018; Espacios Políticos, Museo Pablo Serrano, Zaragoza, 2017; Caleidoscópio, Maus Hábitos/Galeria do Sol, Porto. 2017; Não é o Sol, é a tocha, Galeria da Livraria Sá da Costa, Lisboa. 2017; Proyector 10th edition, Galeria Nadie Nunca Nada No, Madrid, 2017; Lumen, Casa das Artes de Tavira, 2017. Exposições individuais: brrr, uhh, shhhh, galeria sala 117, Porto, 2019; NADD II, Electricidade Estética, Caldas da Rainha, 2016; Uma Viagem ao Sol, Galeria do Sol, Porto, 2016. 
Tem realizado residências artísticas como: Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 2022; Viarco, São João da Madeira, 2021; Encontrarte, Amares, 2019; Associação Luzlinar, Feital, 2018; Galeria do Sol, Porto, 2015.
 
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Rua do Bonjardim, 1176, Porto
 
  poste.videoart@gmail.com
  Abertura na inauguração
  Open at opening
  Visitas por marcação após inauguração
  Visits by appoinment after opening
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apoio:

Halogeneo - audiovisuais

Nixfuste.pt
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