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  INAUGURAÇÃO
  OPENING
   
 


de 03.05 a 13.06
16 h

AZ
João Pádua
Mário Rui


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.

   
 
  AZ
 
 
"S/ título"
2' 35''
 
Olhar sobre ver / saber
 
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  João Pádua
 
 
"Hermenáutica"
2' 38''
 
Sendo a hermenêutica uma viagem entre símbolos e conceitos que apenas se revelam num jogo das escondidas, que se escondem parcialmente e não se mostram de frente, olhos nos olhos, como conseguem estar em mais do que um lugar ao mesmo tempo, no sentido de que como não é possível abranger todos os pontos de vista possíveis numa só perspectiva,  sugere com isso uma analogia com a fenomenologia da mecânica quântica. Como se a hermenêutica estivesse para as restantes correntes filosóficas de uma forma análoga à de como o micro mundo quântico está contido subatomicamente no macromundo da física clássica, no sentido que apesar de coabitarem o mesmo espaço, tem regras díspares e contraditórias. A 'Hermenáutica' é como uma arte de navegar em vários lugares em simultâneo. Navegando numa onda de probabilidades que tanto colidem como se afastam, em simultâneo, como os textos e as palavras contém no seu núcleo uma matriz quase infinita de probabilidades que explodem e dissipam-se quando esmagadas pela dogmatização. Uma lógica misteriosa que é verificável, apesar de dificilmente mensurável ou compreensível seja pela ciência clássica seja pelas bossúlas dos nossos instintos primários, no espectro que vai do desejo ao medo, que funcionam como lentes,  côncavas ou convexas, que cuja aberração provocada ilude a nossa percepção, sugerindo que estão a uma distância inalcançável ou ao alcance da nossa mão. A interpretação livre e desinteressada é a bossúla e só nos reencontramos mergulhando no mar das contradições e quando nos fundimos com essa natureza anfíbia. Só quando desancoramos o dogma do fundo do mar das nossas crenças é que todo (e nenhum mundo) se abre sobre nós e a viagem começa.
 
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  Mário Rui
 
 
"da Vigia"
Um filme de: Omar DuMonte
Música e sonoplastia: Mero Acaso
5' 29''

Emoções, sensações e situações da pesca longa, na Terra Nova.
 
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Poste 2.0
 
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  AZ
 

Nascido em 3 de dezembro de 1969.
Designer de comunicação freelancer, colaborou com diversas instituições nas áreas institucional, indústria e serviços, teatro e cinema:
Porto 2001, FIMP, CM Porto, Teatro Rivoli, Visões Úteis, Evento Zero, Proenol, Bando à Parte, etc.

 
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  João Pádua
  Fotografo free lancer, licenciado pela ESAP em 2002, quando iniciou uma vida de biscates e que desde então tem vindo a conseguir iludir algumas pessoas e empresas, tornando-as clientes, não muitos mas suficientes para perpetuar a sua actividade de cariz perilictante, até ao dia em que será desmascarado, mas por enquanto vai-se mantendo, até porque não sabe fazer mais nada. Como poderá confirmar no vídeo apresentado neste evento.
 
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  Mário Rui
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  Curadoria de
  Curated by
 
  João Lima
 
"E eis que começou a mover-se"
 
01 - Na fotografia não há limites, nem há linhas vermelhas.
02 - Na arte as linhas inultrapassáveis a existir são pautadas por lapsos de imaginação ou por incredulidade de alguns.
03 - Em 28 de Dezembro de 1895 a fotografia começou a mover-se, com a primeira apresentação publica do cinematógrafo feito pelos irmãos Lumière, que rompiam, pela primeira vez o médium fotográfico, o tempo congelado na imagem passou a ser cronometrado a imagem fotográfica começou a “mover-se”.
04 - Para John Berger a fotografia não é mais que um meio de expressão, (… La cuestion imprtante es,  ( Que clase de medio? ) *1 , continuando no pensamento de John Beger, diz ele ainda, que ao tentar foto-graficamente comunicar uma experiência descobriu que: (… la fotografia no producía el efecto que nos habian ensenado. ) *2
05 - Desde muito cedo comecei a fotografar, nunca desenhei muito bem, apesar de minha família adorar os meus desenhos e dizer que eram bonitos, por isso fotografava, mas não queria registar momentos para a posteridade, descobri mais tarde que o que desejava era usar um meio para me exprimir, e o meio que elegi foi a fotografia.
06 - A máquina fotográfica regista o que está à sua frente por isso se diz: que a fotografia não mente, mesmo que esteja a registar fotograficamente uma mentira.
07 – En si misma, la fotografía no puede mentir, pero, por la misma razón, no puede decir la verdade; o mejor dicho, la verdade que puede defender por sí misma es limitada. *3
08 - Para Martin Heidegger, quando as pessoas falavam por falar, era quando expressavam a verdade era quando diziam as coisas mais maravilhosas, contudo, continuava ele no seu raciocínio, quando as pessoas começavam a tentar falar de algo mais específico, era quando diziam as maiores barbaridades as maiores besteiras *4, 
09 – Será, pois, mais genuíno, mais perto da verdade, fará mais sentido, fotografar quando perante nós se apresenta um mundo que nos absorve que nos faz sentir em contacto com ele, onde estamos emersos, ou quando se pensa muito e se elabora teorias sobre o que vamos fotografar?
10 – No meio que elegi para me expressar, nunca foi satisfatório para me exprimir, usando apenas o aparelho fotográfico, sempre senti que tinha de haver algo mais para alem do uso do aparelho fotográfico como meio de expressão.
11 – Diz-nos Vilém Flusser, que o aparelho fotográfico sai da fábrica já com um programa inserido nele, e questiona-se sobre isso, se nós ao usar o aparelho fotográfico já programado não seremos apenas meros operadores. *5
 
O vídeo/filme/cinema, nasceu depois de se transpor a barreira da imagem fotográfica fixa, o antes e o depois parece terem ganho vida, o tempo passou a ser cronometrado em cada fotografia. O meu propósito para os artistas que convido a exporem no Poste, parte de pensamentos fotográficos, com desejo que criem roturas, que vejam para lá do acto fotográfico, em que o tempo o espaço e o aparelho não sejam o limite, mas o que fica para traz, pois o passo em frente já foi dado.
Como, pois, colocar isto em vídeo? É este o desafio que gostava de ver expresso em vocês.
Grato pela vossa participação
 
João Lima - Porto, 08-02-2025
 
*1 – Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 83
*2  Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 84
*3 Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 97
*4  Martin Heidegger, Le chemin vers la parole” 1959, em oOeuvres complètes, t, II (Paris: Gallimard, 1975), p. 86
*5  Vilém Flusser, ensaio sobre a fotografia – para uma filosofia da técnica
 
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João Lima - O momento mais memorável da sua carreira foi na adolescência, quando adquiriu a sua primeira máquina fotográfica, uma Kodak 110, que lhe custou quase 3 semanas de mesada. Desde então, o meio tecnológico da fotografia tornou-se na ferramenta perfeita para todo o desenvolvimento do seu trabalho artístico, sendo ainda hoje a sua ferramenta predileta de investigação. As suas mais recentes produções plásticas apresentadas na exposição intitulada de Transfotografia #01, são igualmente produzidas a partir de uma forte inspiração na técnica, história e conceitos do meio fotográfico. Atualmente encontra-se a realizar Doutoramento em Universidade Vigo, polo Pontevedra, em Programa de Doutoramento en Creación e Investigación en arte contemporánea. Foi professor na ESAP, Escola Superior Artística do Porto, no curso superior de Fotografia. Trabalha na FBAUP, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, como técnico superior de Fotografia. Foi professor assistente no ICP – in New York.

 
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  Abertura na inauguração
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  Visitas por marcação após inauguração
  Visits by appoinment after opening
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