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  INAUGURAÇÃO
  OPENING
   
 


de 28.06 a 31.07
16 h

Cristiano Costa Pereira
João Gigante
José Alberto Pinto


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  Cristiano Costa Pereira
 

 
"A Glimpse from the Aether"
3’44’’
MP4; Cor
audio: original do autor
 

Quadro artístico cinematográfico, num sussurro do infinito. O tempo inscrito em fendas. Aqui, o que é terreno, ascende. Cada sombra que se desloca, é o arfar da eternidade. Sobre o finito, dança o infinito. O movimento revela-se e emerge do silêncio no murmúrio da água. Campo e contra-campo fundem-se, em abstracção, onde o tempo se dissolve. E o que parece imóvel, pulsa com vida.

 
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  João Gigante
 
 
"Poderia ter sido uma outra coisa."
3'42"
cor, c/ som
2025
 
Variações de um tempo estanque. Ciclos, metamorfose do gesto e do querer sair. Uma procura pelo lugar, por lugares. Este trabalho é uma leitura sobre a contemporaneidade, sobre o tempo e o corpo, numa espera por uma paisagem que há de vir.
 
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  José Alberto Pinto
 

 
"Travessia"
5'
cor, Hi8
2025-1995

Realização
José Alberto Pinto
Música
“LLAMAda” de Fátima Miranda
em ArteSonado
Coleção Lcd El Europeo
Fátima Miranda, 52h, Fundação Autor
2000
Produção
cavalo de fogo © 2025
 
Travessia física, geográfica, espiritual, política, pessoal, do meio e do dispositivo, entre olhares solares que se cruzam e se movimentam na paisagem. Navegação à vista, entre luz e sombra.
 
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Poste 2.0
 
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  Cristiano Costa Pereira

 

52 anos, natural da freguesia da Sé, Porto, Portugal.
Diretor artístico da OPPIA - Associação Artística e Cultural e do Douro Filme Festival - Festival Internacional de Cinema Super 8mm do Porto. Artista experimental, descentralizado. Investiga e explora o pulsar do invisível.

 
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  João Gigante
 
Natural de Viana do Castelo, é licenciado em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes do Porto e realizou o Mestrado em Comunicação Audiovisual (Fotografia e Cinema Documental) na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto. Mantém o seu percurso entre a prática das artes plásticas, tendo exposto o seu trabalho em diversas exposições. O seu trabalho complementa as diferentes áreas de actuação plástica, com a fotografia como principal abordagem, onde se destaca também a utilização de outros meios como o vídeo, a sonoplastia, a instalação e o desenho. Nas suas propostas de trabalho é importante salientar a ligação ao território e a consciência social sobre os temas abordados,  conceitos de carácter abrangente no processo e na conceptualização dos assuntos abordados. Desenvolve trabalho em torno de uma linha própria com ligações ao lugar e a quem faz parte dele, que defende como “etno-consciência”. Desenvolve também projectos de cariz musical onde se destaca o projecto PHOLE. Atualmente é docente na área do audiovisual (área científica de Artes, Design e Humanidades) na Escola Superior de Educação do IPVC.
 
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  José Alberto Pinto
 
É cineasta, artista intermediário, curador e investigador. Formado em Cinema e Vídeo pela ESAP (1989), é Mestre em Documentarismo pela FLUP (2007) e Doutorado em Arte e Design/Artes Plásticas pela FBAUP (2015). Foi durante anos docente, tendo lecionado na Escola Artística de Soares dos Reis, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e na Escola Superior Artística do Porto. Autor de diversos artigos, filmes e instalações, tendo entre os seus principais interesses o cinema documental e experimental, a vídeo arte e a arte sonora. Tem vindo a colaborar com o Cineclube do Porto, enquanto editor e curador, com o Family Film Project e com o Festival Internacional de Cinema do Caeté - FICCA.
 
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  Curadoria de
  Curated by
 
  João Lima
 
"E eis que começou a mover-se"
 
01 - Na fotografia não há limites, nem há linhas vermelhas.
02 - Na arte as linhas inultrapassáveis a existir são pautadas por lapsos de imaginação ou por incredulidade de alguns.
03 - Em 28 de Dezembro de 1895 a fotografia começou a mover-se, com a primeira apresentação publica do cinematógrafo feito pelos irmãos Lumière, que rompiam, pela primeira vez o médium fotográfico, o tempo congelado na imagem passou a ser cronometrado a imagem fotográfica começou a “mover-se”.
04 - Para John Berger a fotografia não é mais que um meio de expressão, (… La cuestion imprtante es,  ( Que clase de medio? ) *1 , continuando no pensamento de John Beger, diz ele ainda, que ao tentar foto-graficamente comunicar uma experiência descobriu que: (… la fotografia no producía el efecto que nos habian ensenado. ) *2
05 - Desde muito cedo comecei a fotografar, nunca desenhei muito bem, apesar de minha família adorar os meus desenhos e dizer que eram bonitos, por isso fotografava, mas não queria registar momentos para a posteridade, descobri mais tarde que o que desejava era usar um meio para me exprimir, e o meio que elegi foi a fotografia.
06 - A máquina fotográfica regista o que está à sua frente por isso se diz: que a fotografia não mente, mesmo que esteja a registar fotograficamente uma mentira.
07 – En si misma, la fotografía no puede mentir, pero, por la misma razón, no puede decir la verdade; o mejor dicho, la verdade que puede defender por sí misma es limitada. *3
08 - Para Martin Heidegger, quando as pessoas falavam por falar, era quando expressavam a verdade era quando diziam as coisas mais maravilhosas, contudo, continuava ele no seu raciocínio, quando as pessoas começavam a tentar falar de algo mais específico, era quando diziam as maiores barbaridades as maiores besteiras *4, 
09 – Será, pois, mais genuíno, mais perto da verdade, fará mais sentido, fotografar quando perante nós se apresenta um mundo que nos absorve que nos faz sentir em contacto com ele, onde estamos emersos, ou quando se pensa muito e se elabora teorias sobre o que vamos fotografar?
10 – No meio que elegi para me expressar, nunca foi satisfatório para me exprimir, usando apenas o aparelho fotográfico, sempre senti que tinha de haver algo mais para alem do uso do aparelho fotográfico como meio de expressão.
11 – Diz-nos Vilém Flusser, que o aparelho fotográfico sai da fábrica já com um programa inserido nele, e questiona-se sobre isso, se nós ao usar o aparelho fotográfico já programado não seremos apenas meros operadores. *5
 
O vídeo/filme/cinema, nasceu depois de se transpor a barreira da imagem fotográfica fixa, o antes e o depois parece terem ganho vida, o tempo passou a ser cronometrado em cada fotografia. O meu propósito para os artistas que convido a exporem no Poste, parte de pensamentos fotográficos, com desejo que criem roturas, que vejam para lá do acto fotográfico, em que o tempo o espaço e o aparelho não sejam o limite, mas o que fica para traz, pois o passo em frente já foi dado.
Como, pois, colocar isto em vídeo? É este o desafio que gostava de ver expresso em vocês.
Grato pela vossa participação
 
João Lima - Porto, 08-02-2025
 
*1 – Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 83
*2  Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 84
*3 Otra manera de contar – John Berger, Jean Mohr, ediçoes GG 1ª edicion 2013 pag 97
*4  Martin Heidegger, Le chemin vers la parole” 1959, em oOeuvres complètes, t, II (Paris: Gallimard, 1975), p. 86
*5  Vilém Flusser, ensaio sobre a fotografia – para uma filosofia da técnica
 
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João Lima - O momento mais memorável da sua carreira foi na adolescência, quando adquiriu a sua primeira máquina fotográfica, uma Kodak 110, que lhe custou quase 3 semanas de mesada. Desde então, o meio tecnológico da fotografia tornou-se na ferramenta perfeita para todo o desenvolvimento do seu trabalho artístico, sendo ainda hoje a sua ferramenta predileta de investigação. As suas mais recentes produções plásticas apresentadas na exposição intitulada de Transfotografia #01, são igualmente produzidas a partir de uma forte inspiração na técnica, história e conceitos do meio fotográfico. Atualmente encontra-se a realizar Doutoramento em Universidade Vigo, polo Pontevedra, em Programa de Doutoramento en Creación e Investigación en arte contemporánea. Foi professor na ESAP, Escola Superior Artística do Porto, no curso superior de Fotografia. Trabalha na FBAUP, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, como técnico superior de Fotografia. Foi professor assistente no ICP – in New York.

 
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  Abertura na inauguração
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  Visitas por marcação após inauguração
  Visits by appoinment after opening
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