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Manifesto

• Todo artista tem o direito de expôr o seu trabalho, quando lhe apetecer e onde bem entender, sem qualquer tipo de exclusividade.

• Da arte, são sinónimos as faculdades primárias: Inteligência, Raciocínio, Sentimento, Percepção, Expressão, Imaginação e Intuição.

• A arte deve falar a sua linguagem. A arte é o trabalho por excelência.

• A arte supera a mediocridade através do pensamento, lugar do saber e do conhecimento. (mediocridade - expressão do capitalismo massificador e empobrecedor das consciências)

• A contradição e a ironia são a condição do artista. O artista é oamplificador da consciência colectiva.

• Todo o ser humano é, em potência, um artista. Alguém capaz de expressar o que pensa e o que sente. Alguém capaz de utilizar como ferramenta a imaginação, sensibilidade e inteligência. Adquirir o "oficio" artístico implica a oportunidade de exercê-lo, possibilidade a que muitos vêm negada pelas políticas culturais.

• A criatividade é o instrumento fundamental para o desenvolvimento humano, e sendo a arte criatividade por excelência, não só não se deveria negá-la a ninguém como deveria ser actividade generalizada, cuja carência desemboca na des-humanização e embrutecimento. As tão proclamadas sociedades da cultura esbarram com os índices de violência
e delinquência.

• A fronteira que separa a arte da vida, é apenas imaginária, é impossível de situar. O permanente jogo de aproximação desses universos, no sistema dos objectos, evidência que o horizonte de dissolução do artístico à esfera da vida constitui um pólo de permanente atracção.

• A transformação da indústria da cultura contemporânea converte a arte num populismo estético, apêndice da cultura do entretenimento, submetido à lógica do espectáculo. É necessário opôr com firme resistência ao deslocamento do artístico que desemboca no "estrelato", símbolo do mediatismo cultural contemporâneo.

• Todos temos o direito de opinar e decidir.

• À cultura do esbanjamento opomos a cultura do aproveitamento e
re-aproveitamento.

• Produzir o máximo com o mínimo.

Manifest

• All artists have the right to exhibit their work, when and where,freely and without any kind of exclusivity.

• To art are synonyms all primary faculties: intelligence, rational thought, feelings, perception, expression, imagination and intuition.

• Art should speak its own language. Art is the work by excellence.

• Art goes beyond mediocrity through thought, the place for knowledge. (mediocrity - capitalist expression, which makes consciousness poorer and massified)

• Contradiction and irony are the artist's condition. The artist is an aplification of the collective consciousness.

• All human beings are potentially artists. Someone capable of expressing thoughts and feelings. Someone capable of using imagination, sensibility and intelligence as tools. To work within arts as a profession implies being given that opportunity, which to many is denied by cultural politics.

• Creativity is a fundamental instrument to human development, being art creativity by excellence, not only it shouldn't be denied, as it should also be a general activity. Lack of artistic activity leads to de-humanization and brutality. Then, the so called culture societies bump into indexes of delinquency and violence.

• The border between art and life, its only imaginary and impossible to locate. The ongoing game to approximate these two universes, in the objects system, makes relevant that the horizon of dissolution of art with life is a main pole of permanent attraction.

• The processing industry of contemporary culture to convert art in an aesthetic populism, appendix to the culture of entertainment, submitted to the logic of the show. We must oppose with firm resistance to the movement of art that leads the "star", cultural symbol of contemporary media.

• We all have the right to opinion and decision.

• We oppose, to the culture of hiper-use, the culture of re-use.

• Produce the most with the least.

 
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